Após mais dois casos suspeitos de varíola do macaco serem anunciados no fim de semana, no Espírito Santo, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) reforçou nesta segunda-feira (25) as orientações contra a doença, conhecida como monkeypox.

No Espírito Santo, até sexta-feira (22), dois casos haviam sido confirmados, três descartados e três estavam em investigação. Os casos confirmados já receberam diagnóstico de cura. Já são oito notificações da doença registras no Estado.

Em virtude do cenário epidemiológico da doença no território brasileiro, a Secretaria da Saúde aponta uma série de cuidados importantes para a prevenção à monkeypox.

“Os casos confirmados no Brasil têm apresentado características leves. Entretanto, mesmo nestas situações, o isolamento do paciente se faz necessário e se caracteriza como uma das medidas mais importantes para se evitar a transmissão do vírus, uma vez que a ela pode acontecer por contato direto com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama” – sustenta.

Além do isolamento, tanto para casos leves, feito no domicílio, quanto para casos mais graves (hospitalar), a Sesa apresenta outras medidas. Uma delas é evitar contato próximo com pessoas suspeitos ou confirmadas, como toques e beijos, especialmente naqueles que estejam com sintomas visíveis.

As pessoas também são orientadas a manter superfícies limpas, higienizar constantemente as mãos e utilizar máscara caso seja necessite estar próximo ou no mesmo cômodo com pessoas suspeitas ou confirmadas.

 

Incubação varia de 5 a 21 dias

 

Vitória – A Secretaria Estadual da Saúde explica que estudos recentes apontam que o período de incubação da varíola dos macacos –desde a exposição ao vírus até o primeiro sintoma– varia de 5 a 21 dias, sendo que a transmissão ocorre desde o início dos sintomas.

“É importante que a população fique atenta aos primeiros sintomas, que incluem febre, dor de garganta, de cabeça e no corpo, além de inchaço dos gânglios e que podem evoluir, dias depois, para o surgimento de lesões na pele com pequenas erupções que podem se espalhar pelos dedos, mãos, braços, pescoço, costas, peito e pernas”, detalha.

No Espírito Santo, até sexta-feira (22), dois casos de varíola do macaco haviam sido confirmados, três descartados e três estavam em investigação.
Foto: ABr/Divulgação

Atualmente, seguindo determinações técnicas do Ministério da Saúde, são considerados casos suspeitos aqueles que apresentam os sintomas ou que tenham vínculos com histórico de contato íntimo com desconhecidos ou parceiros casuais, ter vínculo epidemiológico com os casos confirmados, histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados e ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados.

 

Quando procurar o serviço de saúde

 

Vitória – A Sesa orienta que a pessoa que perceber o surgimento dos sintomas de varíola dos macacos deve procurar uma unidade de saúde mais próxima da residência para atendimento, notificação e investigação do caso.

 

CASOS SUSPEITOS

A investigação dos dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos no Espírito Santo foi iniciada na sexta-feira (22) e anunciada no sábado (23). Ambos são homens, com idade entre 30 e 39 anos, e que apresentaram sintomas como erupções cutâneas.

O primeiro caso tem histórico de viagem recente ao Rio de Janeiro. O segundo, apesar de não se enquadrar nas definições de caso suspeito do Ministério da Saúde em relação a histórico de viagem ou contato com caso suspeito e positivo, a Sesa orientou à vigilância municipal que realizasse a coleta das amostras para investigação devido aos sintomas apresentados pelo paciente.

Os dois pacientes estão em isolamento e sendo monitorados pela vigilância epidemiológica municipal, que acompanha também os contatos desses pacientes. A Sesa não informou de quais municípios são os dois novos casos suspeitos.

As amostras do primeiro caso relatado foram coletadas e seguiram para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), para fluxo laboratorial da realização de diagnóstico diferencial.

As do segundo caso relatado seriam coletadas nesta segunda-feira (25). Após análise no Lacen, as amostras serão encaminhadas ao laboratório de referência, no Rio de Janeiro.

 

Japão emite alerta de nível 1 para surto global de varíola dos macacos

 

Brasília – O Japão emitiu ontem, em Tóquio, alerta de nível 1 contra a varíola dos macacos, em meio a um surto global do vírus.

Autoridades governamentais pedem que cidadãos japoneses ao redor do mundo tomem medidas meticulosas de precaução para não contrair a doença. Afirmam, ainda, que pessoas que planejam viajar para o exterior ou permanecer fora do Japão devem estar especialmente atentas.

O alerta de nível 1 é o mais baixo da escala japonesa que vai de um a quatro. No sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de varíola dos macacos como “emergência de saúde pública de preocupação internacional”. (Com informações da Agência Brasil).

Foto do destaque: ABr/Divulgação

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