O fim de ano chegou e agora é o melhor momento para planejar um 2024 sem sustos financeiros, com os pés no chão e cabeça fria. É o que indica o educador financeiro do Sicoob Eduardo Trigueiro. São dois principais caminhos a serem seguidos: para quem tem dívidas, verificar a possibilidade de renegociação; para quem não tem, já dá para começar a guardar e investir.

“Sempre falo que o ideal é começar um planejamento o quanto antes, para ter mais tempo de colocar em prática as estratégias pensadas nesse momento. Reorganizar as finanças é essencial para começar um 2024 no azul”, diz o especialista.

Eliminar ou reduzir dívidas, reunir a família para essa discussão e pensar a longo prazo são as três principais dicas para organizar as contas em 2024.
Foto: Marcos Santos-USP Imagens/Divulgação

Para Trigueiro, três dicas são muito importantes nesse momento: eliminar ou reduzir dívidas, reunir a família para essa discussão e pensar a longo prazo. “É preciso cortar excessos e reavaliar todo o orçamento familiar para ter mais tranquilidade”.

Para quem tem dívidas, o ideal é procurar a instituição credora para entender as taxas praticadas atualmente e tentar negociar, segundo Trigueiro. “Mas é preciso analisar bem seu orçamento para saber qual a real capacidade de pagamento. Não adianta fazer um acordo e não pagar, porque a renegociação pode se tornar uma nova bola de neve”.

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Utilizar uma parte dele para quitar ou renegociar débitos é um bom negócio. Para quem não tem dívidas, guardar uma parte do valor é interessante pensando nos gastos de início de ano: IPVA, IPTU, material escolar e renovações de matrículas para quem tem filhos, entre outros.

Outro ponto importante destacado pelo educador financeiro é o exagero no uso do cartão de crédito. Muitas pessoas acabam se enrolando no fim do ano, adquirindo bens e serviços que estão fora do orçamento por conta de empolgação com promoções ou até presentes para a família. “A dica é ter consciência e colocar no papel o quanto você pode gastar nesse período. Não adianta ficar só na cabeça, porque aí as chances de extrapolar o limite são maiores”.
RESERVA FINANCEIRA

O educador financeiro explica que não gosta do termo ‘reserva de emergência’, pois pode aparentar que a pessoa só está juntando dinheiro para se precaver em situações ruins. “É preciso pensar em uma reserva, seja ela para uma emergência ou para aproveitar oportunidades, como realização de um sonho, por exemplo. É uma reserva financeira”.

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Nesse sentido, definir uma meta de investimento por mês é uma boa pedida para o próximo ano. “Não há uma conta definitiva sobre qual a porcentagem que a pessoa deve guardar, nem por quanto tempo, o importante é tentar guardar o máximo possível. Cada caso é um caso, mas uma boa base é pensar nos seus gastos fixos, como aluguel, contas, plano de saúde e alimentação. Somar e ter um panorama de quanto é preciso para não ter sustos em caso de desemprego, por exemplo”.

Além de pensar nas possíveis emergências, é importante pensar em algum plano para viagens ou aquisição de bens. “É muito melhor comprar algo à vista, negociando descontos e não se enrolando com mais dívidas. Essa é uma das dicas de ouro. Por isso, comece a planejar agora e praticar o quanto antes! Assim, você terá uma vida financeira muito mais tranquila daqui para frente”, complementa.

 

Foto do destaque: Marcos Santos-USP Imagens/Divulgação

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