O Conselho Departamental do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) aprovou uma moção de “indignação com a não elucidação do assassinato do Prof. Valdenir José Belinelo, ocorrido de forma brutal e covarde”, crime registrado há 10 anos. O documento foi aprovado na sessão realizada na segunda-feira.

O corpo do professor, que na época exercia a função de diretor do Hospital Estadual Roberto Silvares, foi encontrado no dia 21 de março de 2012, num matagal em Rio Quartel, em Linhares.

O corpo do professor Belinelo, de 55 anos, foi encontrado na manhã do dia 21 de março de 2012, num matagal em Rio Quartel, em Linhares. Foto: Arquivo TC Digital

O Conselho Departamental é composto pelo diretor do Ceunes Luiz Antonio Favero Filho, pela vice-diretora Ana Beatriz Neves Brito, chefes de departamentos, coordenadores de colegiados dos cursos, coordenadores de programas, representantes dos técnicos administrativos e representantes dos estudantes.

Na manifestação, o Conselho destaca que “a apuração desse crime é um imperativo do Estado Democrático de Direito e do respeito aos Direitos Humanos, sendo que a identificação e punição dos criminosos é fundamental e se configura como justiça à memória do professor”.

Inclusive, a moção apoia manifestações de protesto que ocorreram em São Mateus nesta semana, com faixas fixadas em diversos locais.

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O diretor Luiz Fávero relata que a moção foi construída de forma coletiva. “Porque infelizmente é um crime não elucidado, que ainda traz muitas recordações ruins na comunidade acadêmica”. O diretor frisa que o Ceunes não tem conhecimento sobre como encaminhou o inquérito policial.

 “Caso mais triste da história da Ufes”

 “A sensação é de muita tristeza pelo falecimento, mas além disso, pela impunidade”, acrescenta o professor Luiz Favero sobre o caso Belinelo. O diretor reforça que o assassinato do docente foi marcante. “Talvez seja o caso mais triste da história da Ufes”, declara.

Luiz Favero adianta que a moção pública também será enviada ao reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), pedindo que a reitoria busque informações sobre o caso com os órgãos competentes.

O ASSASSINATO

O corpo do professor Belinelo, de 55 anos, foi encontrado na manhã do dia 21 de março de 2012, num matagal em Rio Quartel, em Linhares.

O carro dele, um Celta vermelho, foi localizado nas proximidades. O professor esteve no dia anterior em Vitória, onde participou de reuniões.

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Na data, a Polícia Civil afirmava que trabalhava com as possibilidades de crime de mando, passional ou latrocínio. Contudo, posteriormente, informações não foram mais passadas à imprensa.

Nesta terça-feira (22) a Reportagem acionou a Polícia Civil em busca de informações sobre o resultado do inquérito policial, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.

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