Cantor, compositor e artista mateense, Cecitônio Coelho planeja comemorar o aniversário de 60 anos de vida e 51 anos de dedicação à música em grande estilo. Ele prepara, para ser lançado em maio de 2024, no dia do aniversário, o álbum intitulado 60 Anos.

Em entrevista à Rede TC de Comunicações, o músico, que é natural de São Mateus, mas que atualmente reside em Vitória, disse que o álbum terá oito faixas com músicas autorais e gravadas somente agora, junto com o grupo Bem Bolado, de gênero forró-raiz. Segundo ele, o álbum estará disponível de forma online a partir do dia 11 de maio do próximo ano.

“Nós já estamos produzindo. É um trabalho com banda e leva tempo para finalizar. Faremos um evento na Casa de Bamba, em Vitória, no dia do lançamento. Celebro esses 60 anos com muita alegria, muita nostalgia pela história da minha família, pelo meu pai, Oraldo Coelho, e pelo meu irmão, Datan Coelho, que me colocaram no mundo da música” – frisa.

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O cantor e compositor Cecitônio Coelho lançará o álbum 60 Anos, com músicas autorais, no dia 11 de maio de do próximo ano.
foto: Divulgação

Cecitônio detalha que as músicas escolhidas para compor o álbum 60 Anos são composições dele, mas que ainda não tinham sido gravadas. Os arranjos no ritmo do forró-raiz foram montados com o grupo Bem Bolado que transformaram as composições em baião e xote com triângulo, violão sete cordas, contrabaixo e acordeom.

Para o álbum estão sendo preparadas as seguintes faixas: Os Pássaros (1973); Porão Viver (1977); Calejo (1980); Liberdade (1981); Me Nina (1982); O Baião (1982); A Dona da Calçada (1985); Sonho do Desejo (1991).

“Selecionei as primeiras músicas que compus e que ainda não tinham sido gravadas para este álbum. A única que já tinha gravado é a primeira faixa [Os Pássaros]. Participei com ela de um evento da Mobralteca em 1973. Eu havia ganhado um violão do meu irmão Valdir Coelho e com dois acordes que eu havia aprendido, compus a música que acabou virando um forró” – explica.

“A sétima faixa, chamada A Dona da Calçada, fala das prostitutas que merecem todo respeito. Participei com ela de um festival e fiquei em terceiro lugar, no ano de 1985, em Pinheiros, mas nunca gravei. Foi composta para participar do festival” – complementa.

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História na música

 

Vitória – O artista mateense lembra de quando criança, acordava ouvindo as músicas da Lira Mateense, que na época estava sob a regência do pai, Oraldo Coelho. Ele afirma que sentia imensa alegria ao acordar cedo e ouvir a música chegando de encontro à janela da casa onde residia com a família e de onde ele seguia com a banda. Logo, pediu ao pai para estudar e aprendeu com ele a história da música.

“Ao voltar da Bahia, meu irmão Datan Coelho assumiu a regência da banda e ele me chamou para estudar teoria musical. Em seis meses já estava soprando o trompete que foi meu instrumento durante nove anos na Lira” – afirma.

Em 1977, Cecitônio Coelho participava de concursos de calouro, além do festival da Mobraltec, que de acordo com ele, era um evento itinerante em um caminhão de cultura que passava por vários municípios, promovendo festivais de música. Em julho de 1979 aconteceu a primeira apresentação ao lado do irmão Datan Coelho no grupo instrumental Pizindin.

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“Era uma vida muito intensa com música. O dia inteiro na Lira, depois o Pizindin, participando de festivais, e o Datan sempre junto comigo, cobrando estudos. Ele foi meu grande incentivador” – enfatiza.

Com a saída do Pizindin, em 1992, Cecitônio morou uma temporada em Niterói, no Rio de Janeiro, e, ao retornar para o Espírito Santo, se instalou em Vila Velha, onde tocou em barzinhos por dez anos.

“Depois, já em Vitória, comecei a tocar na Casa de Bamba, onde me apresento com um projeto autoral de samba-raiz, todas as quartas-feiras. Esse é um dos motivos para realizar o evento de lançamento do álbum lá. Além disso, sempre faço shows autorais em vários locais” – complementa.

Foto do destaque: Divulgação

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