JULIA CHAIB E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em depoimento à CPI da Covid-19, nesta terça-feira (11), o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres avaliou que o governo federal não se precipitou ao fechar contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, cuja importação acabou recusada pela agência.

“Não houve porque esse processo pode ser aproveitado”, afirmou Barra Torres, após ser questionado pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Barra Torres então explicou que as dificuldades que resultaram na negativa de importação podem ser sanadas e assim a importação ser liberada.

O diretor-presidente da Anvisa explicou que faltou um relatório emitido pela autoridade sanitária indiana, que é condicionante para a autorização de importação. Isso deve ser sanado rapidamente, pois, argumentou, as autoridades indianas têm “tradição de responder rápido a questionamentos”.

Em relação à Sputnik V, vacina de procedência russa, o diretor-presidente afirmou que a responsabilidade por destravar o procedimento está toda com o laboratório responsável por essa imunização no Brasil.

“A autorização de uso emergencial encontra-se nesse momento em análise na agência, através da submissão de documentos pela empresa. Essa análise encontra-se parada para que a união química forneça os documentos”, afirmou.

“Essa potencialidade é toda do desenvolvedor de apresentar respostas para os quesitos já apontados para esse desenvolvedor”.
Barra Torres também foi questionado sobre o impacto das declarações do presidente Jair Bolsonaro na negociação para a aquisição dos IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos), para as vacinas.

“Eu não tenho informação do nexo causal”, afirmou Barra Torres.
O diretor-presidente da Anvisa afirmou então que os países erraram ao não concentrarem a produção dos insumos em seu território, por isso Índia e China passaram a ter um grande “impacto” no mercado.

 

Foto do destaque: Arquivo TC digital

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