Um ato programado para esta terça-feira (28), a partir de 18h30, defronte ao Hospital Estadual Roberto Silvares, busca respostas sobre a morte da criança de 10 anos, Ana Luísa Marcelino Ferreira da Silva.

Conforme a denúncia da mãe dela, Alessandra Ferreira Marcelino, a filha faleceu em 12 de janeiro, 30 minutos após ser atendida na unidade hospitalar por homem acusado de exercício ilegal da Medicina, preso no dia 18 de agosto pela Polícia Federal numa ação de combate a uso de diploma falso.

Integrante do Coletivo de Mulheres de São Mateus, o Belas, Jaciara Teixeira relata que o ato será realizado pela mãe da criança, a professora Alessandra, além de amigos e integrantes do Coletivo. No entanto, o ato será aberto a qualquer pessoa que esteja sensibilizada com a causa.

A ex-vereadora destaca que o ato será silencioso e os participantes serão convidados a levarem velas e cartazes. Durante o ato, a mãe entregará uma solicitação formal ao hospital cobrando respostas sobre a morte da criança. Jaciara ressalta que Alessandra afirma não ter informações sobre a morte da filha.

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Jaciara acrescenta que o Coletivo está apoiando a mãe de Ana Luísa e que também auxilia no recolhimento de assinaturas para um abaixo-assinado “que clama por Justiça”.

 

SINDICÂNCIA

EM ANDAMENTO

Em resposta à Rede TC de Comunicações, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) sustenta que a direção do Hospital Estadual Roberto Silvares tem aberta uma sindicância, que está em andamento, para apuração dos fatos. Esclarece ainda que todas as informações levantadas sobre o caso, até o momento, foram entregues para as polícias Civil e Federal.

Investigação sobre a

morte segue na DHPP

 

A Polícia Civil relata que a investigação sobre morte de Ana Luísa segue em andamento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus. “Como o inquérito policial tem caráter sigiloso, detalhes não serão divulgados”, salienta a assessoria da PCES.

A Secretaria Estadual de Justiça relatou na semana passada que o homem acusado pela Polícia Federal de exercício ilegal de Medicina seguia preso no Centro de Detenção Provisória de São Mateus.

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O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) suspendeu o exercício de Medicina do homem apontado pela Polícia Federal como falso médico. Além da suspensão, uma plenária realizada no dia 31 de agosto aprovou a abertura de um processo administrativo contra o acusado, que pode resultar na anulação do registro dele no CRM-ES.

A Reportagem tenta contato com a defesa do acusado e continua à disposição para registrar o contraponto.

RELEMBRE

O CASO

De acordo com a apuração da PF, o alvo do mandado de prisão em São Mateus matriculou-se em uma faculdade de Medicina na Bolívia onde estudou por um semestre.

“Solicitou transferência para uma faculdade brasileira e adulterou os registros para que computassem, ao invés de seis meses, quatro anos de estudo. Concluiu o curso no Brasil e formou-se, então, médico. Vê-se que a faculdade brasileira foi vítima da ação do falso médico” – sustenta a Polícia Federal.

A PF afirma ainda que, no Espírito Santo, o homem foi contratado por diversas prefeituras do norte capixaba e também pelo Governo do Estado e, em salários nos últimos três anos, auferiu aproximadamente R$ 850 mil.

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