Após denúncia e protestos liderados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) sobre a qualidade da alimentação, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) rescindiu o contrato com a empresa fornecedora de marmitas para os restaurantes universitários dos campi de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória. Houve relatos de estudantes que encontraram larvas em algumas refeições.

A rescisão do contrato foi comunicada aos representantes dos estudantes na tarde de segunda-feira (9), em reunião marcada para discutir o problema apresentado nos últimos dias, que gerou inclusive ocupação dos prédios de reitoria e do restaurante Universitário (RU) do campus de Goiabeiras.

“É lamentável e preocupante a decisão de rescindir um contrato sem a garantia de alimentação para o dia seguinte”, lamenta em nota em rede social o DCE.

A Ufes relata que a partir desta terça-feira, até o dia 20 de maio, todos os estudantes que são assistidos nos campi pelo Programa de Assistência Estudantil passam até o dia de receber um auxílio alimentação emergencial no valor de R$ 15. Entretanto, os demais ficam no período sem ajuda e sem a alimentação.

“A previsão é que a produção própria de refeições seja reiniciada a partir do dia 23 de maio nos restaurantes de Goiabeiras, Maruípe e São Mateus, com o retorno do atendimento por meio do sistema prato e bandeja”, salienta a Ufes.

 “Põe em xeque a permanência estudantil”
Na nota, o DCE e os Centros e Diretórios Acadêmicos exigem que a Administração Central da Ufes estabeleça como extrema prioridade a alimentação dos estudantes. “É completamente inaceitável essa absurda e repentina decisão que põe em xeque a permanência estudantil neste período”, frisa.

Diante da manifestação de interesse dos estudantes de continuar recebendo marmita até a retomada do RU em sistema de self-service, a Ufes afirma que a Reitoria envidará esforços para contratar, de forma emergencial, um outro fornecedor de marmitas para os próximos dias, mas sem garantia de viabilidade, devido aos prazos exíguos que teriam os fornecedores para prover a quantidade necessária.

Sem a garantia de assistência de alimentação, em rede social, estudantes se manifestaram. Alguns apontando exagero nos protestos que levaram à rescisão de contrato de marmitas e outros entendendo que diante das larvas encontradas, o protesto era necessário para buscar uma alimentação de qualidade.

 

Foto de destaque: DCE-Ufes/Divulgação

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