IGOR SIQUEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Depois de Pelé e Marta, o Museu da CBF, no Rio, agora também tem uma estátua de Zagallo. O Velho Lobo foi homenageado nesta quinta-feira (20) pela entidade, com uma reprodução em tamanho real e em cera que ficará exposta no local definitivamente.

Participante de quatro dos cinco títulos do Brasil na Copa do Mundo -dois como jogador, um como técnico e outro como coordenador-, Zagallo está com 91 anos, se locomove com cadeira de rodas, mas está bem lúcido. Faz piadas e, claro, se emociona.

“Jamais vou esquecer na minha vida as conquistas. Eu não pensei que viria aqui na CBF um dia com essa representação. É impressionante! Eu jamais pensei em poder bater um papo com o Zagallo. Eu precisei ir muito longe. Fazer 91 é difícil. Toda hora eu estou revendo na televisão o jogo de 58, o jogo de 62… e fico babando”, disse Zagallo.

Durante o evento, Zagallo brincou com a própria imagem e ainda perguntou se ela trocaria de lugar com ele – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A estátua pesa 30kg e foi feita em Londres, no mesmo ateliê que produziu as peças de Marta e Pelé. Foram 26 artesãos envolvidos, ao longo de aproximadamente dois anos de produção.

Foram necessárias mais de 300 medições in loco na casa do Zagallo, que doou um par de óculos próprios para dar o retoque final à peça. O uniforme que veste a estátua também é original, vestido pelo técnico em 1997.

A CBF aproveitou a ocasião para presentear Zagallo com duas camisas: a amarela tem a número 13, considerado da sorte pelo Velho Lobo, e a azul tem a 11. Zagallo lembrou que, na verdade, vestiu a 7 em 1958.

Alvo de reverências de Tite, técnico atual da seleção, Zagallo retribuiu o carinho:
“Eu vou te ver levantando o caneco”, disse ele, em referência à Copa 2022, que começa em um mês.

“Exemplo, inspiração, humanismo. Tu não sabe o quanto representa para o futebol brasileiro”, disse Tite.

Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção em 1994, e Américo Faria, supervisor na campanha do tetra, também foram ao evento na CBF e receberam homenagens.

“É meu mestre, amigo e guru. Tenho ideia da dimensão desse homem, do que representa. Ele e Pelé são ícones da história do nosso futebol”, disse Parreira.

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