A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) confirmou nesta quinta-feira (14) os dois primeiros casos de Monkeypox, a varíola dos macacos, no Espírito Santo. Até então, o Estado já havia notificado e descartado outros três casos suspeitos.

A Sesa relatou à Rede TC de Comunicações que os casos confirmados são de dois homens, da faixa etária de 30 a 49 anos, residentes na Grande Vitória. Os dois possuem histórico de viagem recente a São Paulo.

“A Sesa informa ainda que o período de isolamento desses dois pacientes já encerrou e ambos estão curados, não trazendo riscos à população” – frisa.

Para detecção da varíola dos macacos, as amostras são coletadas e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).

A Sesa salienta que apesar do Lacen/ES ser capacitado para realizar o teste molecular específico para detecção do vírus da Monkeypox, ainda aguarda insumos do Ministério da Saúde.

Sendo assim, o laboratório analisa a existência nas amostras de doenças semelhantes, como herpes, sarampo e sífilis. Caso os resultados sejam negativos para essas doenças, as amostras são enviadas ao laboratório de referência na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Monkeypox

Classificada como endêmica em países da África Central e Ocidental, a doença chegou a outros continentes em 2022. Foi identificada em 1958 e é causada pelo vírus Monkeypox (MPXV) do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae.

O Ministério da Saúde explica que é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os macacos não são reservatórios.

“Os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas. O período de incubação, quando a pessoa infectada é assintomática, é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Inicialmente, os sintomas incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão” – detalha.

O Ministério da Saúde acrescenta que na manifestação cutânea, mais conhecida pela população, ocorre entre um e três dias após os sinais e sintomas iniciais e a erupção da Monkeypox na pele passa por diferentes estágios: mácula, pápula, vesícula, pústula e crosta. Quando aparecem, as lesões têm diâmetro de meio centímetro a um centímetro e podem ser confundidas com varicela ou sífilis. A principal diferença é a evolução uniforme das lesões.

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“Para evitar que haja um estigma e ações contra os primatas não humanos, o Ministério da Saúde optou por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. O reservatório natural da doença ainda está sendo investigado, principalmente em pequenos roedores. Assim, apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): Monkeypox” – explica.

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