Por
Claudio Caterinque
Repórter
A testagem em massa deve persistir no Espírito Santo até mesmo quando o Estado alcançar ampla cobertura vacinal contra a covid-19. A análise foi feita pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em pronunciamento na tarde desta terça-feira (3). De acordo com eles, a população terá de conviver por um longo período ainda num contexto de testagem, vacina e uso de máscaras.
Nésio Fernandes afirmou que o Laboratório Central (Lacen) pode realizar até 4.500 testes por dia. Essa capacidade, segundo ele, poderá chegar a 8.000 testes diários em outubro. Ainda de acordo com o secretário, existe a expectativa de que a estratégia nacional anunciada pelo Governo Federal possa reforçar ainda mais a capacidade de testagem no Espírito Santo.
Ele informou que a testagem já identificou uma ruptura importante na cadeia de transmissão do coronavírus nas pessoas. Uma análise dos números da pandemia no Estado, com dados do Painel Covid-19, aponta para uma queda crescente do número de novos infectados e de mortes no mês de julho no Espírito Santo.
E acrescenta que, mesmo vacinadas, as pessoas que tiverem qualquer sintoma, ou mesmo se tiverem dúvidas se houve contato com infectado, deve procurar fazer o teste. “A população precisa ter a percepção de risco e procurar a testagem”, enfatizou.
Luiz Carlos Reblin afirmou que o objetivo é consolidar a testagem como uma estratégia de saúde no Espírito Santo. “A testagem mostra que o vírus continua circulando no Estado. Os testes mostram que há um contingente importante de pessoas no Estado com o vírus. Os dados mostram que, mesmo com a presença da vacina, em países que já avançaram muito mais que o Brasil, a gente vê que o vírus volta a circular em função das variantes”.
TESTAGEM NAS ESCOLAS
De acordo com os números apresentados pelo secretário Nésio Fernandes, o município de Viana, primeiro no Estado a realizar a testagem em massa nas escolas, não registrou nenhum caso de coronavírus em unidade escolar. O secretário reforçou que, de 120 testes analisados, nenhum deu resultado positivo.
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