A senadora Rose de Freitas anunciou na tarde de quarta-feira (9), em sessão remota do Senado Federal, a desfiliação dela do Podemos, sigla que defende desde o início de 2018. Conforme explicou a assessoria da parlamentar, a senadora atestou que o partido agiu de forma antidemocrática ao anunciar o afastamento dela após a apresentação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33, que propõe a possibilidade de reeleição para presidente das Mesas no Parlamento.

Rose, já com oito mandatos como parlamentar, lembra que apresentar um projeto faz parte de seu direito Constitucional como senadora e, dessa forma, não poderia aceitar atitude arbitrária que a impeça de propor uma discussão.

“Ao propor a PEC, estou exercendo meu direito. Como todos os projetos que tramitam no Congresso, a PEC pode ser aprovada, rejeitada ou modificada. Sua aprovação não é compulsória e, se aprovada, a reeleição dos integrantes das Mesas não é automática – o processo terá de passar por votações nominais. Assim, estou me desfiliando do Podemos por não aceitar nenhum gesto de vaidade, de autoritarismo”, protestou.

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“Não posso aceitar. Eu fiz o meu dever de casa, cumpri o meu dever como cidadã, como mulher, como mãe, como política. Eu sofri as agruras de uma ditadura, que me restringiu a liberdade. Não posso aceitar, depois do processo de reabertura democrática, que alguém venha me colocar ‘no banco’ e me dê uma repreensão, uma punição, um castigo, como se eu fosse uma adolescente numa escola”, disparou a senadora.

Rose, por fim, esclareceu não ter tido qualquer acordo com Alcolumbre para apresentação da PEC 33. “Não tive uma só conversa, um só apelo ou qualquer insinuação”.

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