Na contramão do Sindipetro, o secretário estadual de Desenvolvimento Marcos Kneip Navarro avalia que a venda da totalidade de participações da Petrobras no conjunto de cinco concessões de campos terrestres no Polo Norte Capixaba pode gerar mais empregos.
LEIA TAMBÉM: Saída da Petrobras é tragédia para o norte, diz Sindipetro
LEIA TAMBÉM: Sindicato prepara ações judiciais para impedir vendas
Em entrevista à Rede TC, o secretário ressaltou que esse processo de venda de campos terrestres não acontece comente no Espírito Santo. “Ele segue uma estratégia global da Petrobras de otimização do portfólio”.
Marcos Kneip Navarro frisa que os poços menores podem não ser interessantes para a Petrobras porque a estatal produz em larga escala. Mas entende que são oportunidades de negócios para empresas menores. E cita como exemplo a empresa Imetame.
“Isso abre caminho para a chegada de novas empresas que trabalhem mais focadas”. O secretário entende que, o que pode ser apenas mais um poço para a Petrobras, para algumas empresas é o negócio. “E assim pode desenvolver mais, empregar mais e otimizar melhor essa riqueza” – sustenta.
De imediato, após a venda, Marcos reconhece que pode ter uma diminuição de postos de trabalho no norte do Estado. “Mas com a chegada de novas empresas com um foco mais apurado, os investimentos são maiores, a produção destes poços tende a aumentar, aumentando toda a demanda da cadeia produtiva” – reforçou.
Acrescenta ainda que a tendência é a iniciativa privada investir mais na exploração e produção do que vinha sendo realizado pela Petrobras, o que na visão dele pode gerar mais emprego e renda.
Perguntado sobre as condicionantes ambientais e sociais assumidas pela Petrobras, o secretário reforçou que “elas ficam mantidas quando as concessões estiverem com a iniciativa privada”.
LEIA TAMBÉM: Saída da Petrobras é tragédia para o norte, diz Sindipetro
LEIA TAMBÉM: Sindicato prepara ações judiciais para impedir vendas
