“Pela manhã a gente está plantando árvore na restinga e à tarde estamos apagando fogo”. O desabafo é do secretário de Meio Ambiente de São Mateus, Ricardo Cassa Louzada, que procurou a Rede TC de Comunicações para denunciar que incêndios na restinga de Guriri são criminosos.

Segundo ele, em relação a um incêndio ocorrido na tarde de quarta-feira (6), foi registrado boletim de ocorrência para que seja investigada a autoria. Ele frisa ainda que a fiscalização será intensificada na área para que incidentes como esse possam ser evitados.

Ricardo Louzada relata que equipes da Prefeitura estiveram na manhã de quarta no lado norte realizando o plantio de árvores e instalando placas de advertência e de educação ambiental por meio do Projeto Nossa Restinga.

No entanto, à tarde, ele recebeu uma ligação alertando sobre um incêndio entre as passarelas 4 e 5. Segundo o secretário, essa área é a que tinha a vegetação mais densa. “Era um fogo de grande dimensão para o tamanho daquela restinga e nós chamamos o Corpo de Bombeiros e um carro pipa da Prefeitura, além de algumas pessoas que ajudaram a combater o incêndio com abafadores. Com uma hora conseguimos apagar” – detalha.

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Porém, como consequência, além da área queimada e destruição da vegetação em área em que ela estava mais fechada e que impede a areia de invadir a área urbanizada, pequenos animais como lagartos e cobras morreram. “Notamos também muitos rastros de animais que fugiram. Infelizmente é uma perda. E não é comum esse fogo acontecer naturalmente. É um fogo que foi colocado”, registra.

“Um prejuízo grande porque, quando a gente fala de preservação da restinga, a gente fala em ações como cercar para evitar que as pessoas botem fogo, que entrem, que respeitem aquela vegetação que tem ali porque ela é muito importante para segurar a areia da praia” – destaca.

 

Incêndios mais comuns no Verão

 

O secretário de Meio Ambiente Ricardo Louzada afirma que os incêndios acontecem mais frequentemente no Verão, que é o período mais seco. “É a primeira vez que vejo acontecer em julho, mas a frequência é a partir de novembro até janeiro. Tem muitas pessoas que não respeitam a cerca e entram, acabam acendendo fogo e infelizmente causa um prejuízo muito grande” – atesta.

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Ricardo Louzada afirma que não foi possível identificar o autor do incêndio de quarta-feira, mas que localizou onde o fogo teve início. “Foi próximo da passarela 4, do local onde ficam guarda-vidas, perto da areia da praia”.

 

PRESERVAÇÃO

O secretário destaca que está programado para acontecer no dia 24 de julho uma ação nova ação em Guriri de plantio e de doação de mudas de árvores. Segundo ele, o plantio será direcionado para a área que pegou fogo na quarta-feira.

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População pode e deve denunciar

 

Em caso de observar uma situação suspeita, a população pode e deve denunciar para a polícia para ou para a própria Secretaria de Meio Ambiente para que atitudes sejam tomadas, conforme destaca o secretário Ricardo Louzada. Ele indica que as denuncias podem ser feitas por meio do Instagram da secretaria, que é o @meioambientesaomateus.

“Vendo situações suspeitas, liguem para o Corpo de Bombeiros e para a polícia. Informe principalmente aos bombeiros que eles conseguem fazer contato com a gente ou alguém da Prefeitura. É importante combater o incêndio no início. Muitas vezes ele toma uma proporção maior e a gente não consegue evitar que danos com a vegetação em si, e com as passarelas e cercas, ocorram” – orienta.

“A Ilha Guriri é muito bonita pela preservação que tem. Quando acontece esse tipo de coisa, deixa a gente muito triste, aborrecido, porque é uma praia muito bonita. Fico indignado”.

Ricardo Louzada pede ainda que os usuários da orla não joguem lixo na restinga quando estiver na passarela ou no calçadão. “Não joguem lixo, não entrem na área de restinga, obedeçam as cercas”.

 

PASSARELAS PROTEGEM

O secretário destaca que, por meio do Projeto Nossa Restinga, a Prefeitura construiu diversas passarelas que têm justamente o objetivo de evitar que as pessoas entrem nas áreas de vegetação. As passarelas servem também para facilitar o acesso de pessoas com limites de movimento ou portadoras de necessidades especiais.

O fogo, além de prejudicar o ecossistema, com várias especiais de plantas e animais, também pode acabar destruindo as passarelas e provocando um prejuízo ainda maior prejudicando um grande número de pessoas.

 

Foto do destaque: Secom-PMSM/Divulgação

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