Com a proximidade da alta temporada de veraneio, a expectativa é de aumento no movimento e circulação de pessoas pelo litoral. Com isso, a Secretaria de Meio Ambiente de São Mateus faz um alerta para os riscos, e proibições, de veículos nas areias das praias e até mesmo nas áreas de restinga.

Conforme detalha o secretário Ricardo Louzada, as normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) versam sobre a proibição de veículos nas praias ou nas proximidades por considerar que esse tipo de atividade nesses locais causa danos à fauna e flora.

Ele explica que os veículos, pesados, causa a compactação dos ninhos de espécies, principalmente de tartarugas, atropelamento de filhotes recém-nascidos no trajeto da praia ao mar e perturbam as fêmeas matrizes durante a desova.

De acordo com as normas, é proibido o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a linha de maior baixa-mar até 50 metros e acima da linha de maior preamar do ano, a maré de sizígia –quando a maré fica mais alta que o normal, em geral nas fases da Lua cheia e nova.

No Espírito Santo, é proibida a circulação de veículos nas praias desde as proximidades do Portocel, em Aracruz, até a divisa com o estado da Bahia.

Ricardo Louzada reforça que as pessoas que forem flagradas ou denunciadas por dirigir pelas praias podem ser enquadradas nas leis de crimes ambientais ou mesmo no Código Brasileiro de Trânsito.

“Estamos fazendo o trabalho de orientar as pessoas. Muitas param os carros em cima de restinga e nesses casos registramos a infração. Quem quiser denunciar pode entrar em contato com a Polícia Militar” – frisa.

 

PREJUÍZOS

De acordo com Ricardo Louzada, ao passar de carro, quadriciclo ou até mesmo motocicleta, a pessoa pode matar os pequenos crustáceos que vivem na área, estragar os ovos das tartarugas, compactar a área de forma que as tartarugas não consigam sair dos ninhos, além do risco de atropelar os banhistas.

“Outro risco é o óleo dos carros que pode pingar e contaminar. Tudo isso é crime ambiental. Pior do que isso é a pessoa pegar um carro e dirigir por vinte, trinta quilômetros pelas praias, e se ela precisar de um socorro, outros veículos vão ter que entrar na área para ajudar” – enfatiza.

“A restinga, por exemplo, quando acaba, é muito difícil de se regenerar. As pessoas passam por ali com carro, motos, quadriciclos, triciclos, e isso traz um prejuízo enorme para a natureza”.

A respeito dos veículos usados pelos funcionários do Projeto Tamar, Ricardo explica que eles têm autorização para transitar nas areias da praia “porque fazem todo monitoramento”, além de serem treinados para não entrarem em áreas de reprodução da fauna marinha.

 

MULTAS

De acordo com Ricardo Louzada, as multas são definidas pelo tipo de dano causado ao Meio Ambiente e pelo órgão local de fiscalização e podem chegar a milhares de reais, além do condutor perder pontos na CNH ou até mesmo ser detido.

Foto do destaque: Divulgação

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