Por

Claudio Caterinque

Repórter

Após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazer um alerta sobre risco de inflamação cardíaca com vacina contra a covid-19 da Pfizer, o secretário de Saúde de São Mateus foi procurado pela Rede TC de Comunicações e relatou o seguinte: “No Município de São Mateus, o Programa Municipal de Imunização não registrou caso de reações cardíacas e nem respiratórias”.

O secretário acrescenta que, no ato da vacinação, o paciente é orientado para, caso tenha algum sintoma que considere anormal, procurar a unidade de saúde de referência ou o programa de imunização para fazer a notificação de evento adverso.

Segundo ele, essa notificação é feita diretamente no sistema do Ministério da Saúde, “onde médicos analisam as informações e dão orientações em relação a condutas a serem mantidas no esquema vacinal”.

Henrique Follador destaca que a maior parte dos relatos que chegam às unidades de saúde é em relação a queixa como febre, cefaleia –dor de cabeça–, dores no corpo, diarreia, “reações essas pertinentes às vacinas aplicadas, que não comprometeram em nada manter o esquema vacinal”.

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Nesta semana, a Anvisa alertou também para casos raros de síndrome de Guillain-Barré (SGB) após a vacinação contra covid-19 em diversos países, inclusive no Brasil. Em comunicado, a Anvisa informa que havia recebido 27 notificações de casos suspeitos de SGB após a imunização com a vacina da AstraZeneca, além de três casos com a vacina da Janssen e outros quatro com a CoronaVac, totalizando 34 registros.

De acordo com a agência, a maioria das pessoas se recupera totalmente do distúrbio. “O principal risco provocado pela síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios. Nesse último caso, a SGB pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas adequadas” – afirma a agência.

 

Mateense relata desconforto e é diagnostica com ansiedade

 

São Mateus – Uma moradora de São Mateus relatou à Reportagem que sentiu desconfortos após a vacinação com o imunizante da Pfizer. Segundo ela, logo no primeiro dia, passou a sentir falta de ar. Depois os sintomas ficaram mais presentes e ela passou a sentir também palpitações, dores no peito, secreção nasal, pressão alta e chegou até a desmaiar numa ocasião.

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Preocupada, a mateense, que pediu para que o nome não fosse publicado, disse que procurou a US3, no Bairro Boa Vista, conversou com o médico, que avaliou como um caso de ansiedade. A mulher relata ainda que não se deu por satisfeita e insistiu em fazer exames mais detalhados, passou por um eletrocardiograma e um cardiologista confirmou o que o primeiro médico que a atendeu disse: realmente era um caso leve de ansiedade.

Conforme reforça o secretário de Saúde, Henrique Follador, ao observar qualquer sintoma pós-vacina, a pessoa deve procurar o serviço de saúde para relatar o problema.

 

 

Miocardite e pericardite

 

Brasília – De acordo com a Anvisa, casos ocorreram nos EUA após vacinação com imunizantes com RNA mensageiro (RNAm), como o da Pfizer. A agência brasileira mantém a recomendação de continuidade da imunização com a vacina da Pfizer, “dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos”.

A Anvisa informa ainda que os EUA relataram a ocorrência de casos de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e de pericardite (inflamação do tecido que envolve o coração) após a aplicação de imunizantes da Pfizer e da Moderna. “Dessas duas, apenas a Pfizer está registrada pela Anvisa para uso no Brasil, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde”.

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Uma análise da agência reguladora norte-americana (Food and Drug Administration – FDA) sugere que há riscos aumentados para a ocorrência de miocardite e pericardite, particularmente após a aplicação da segunda dose das vacinas. “Os sintomas –dor no peito, falta de ar, palpitações ou alterações de batimentos cardíacos– surgem alguns dias após a vacinação”, destaca a Anvisa.

“Até o momento, não há relato de casos dessas complicações pós-vacinação no Brasil. Para a Anvisa, a situação indica necessidade de uma maior sensibilização por parte dos serviços e profissionais de saúde para o adequado diagnóstico, tratamento e notificação de casos. A identificação precoce de sintomas e a adoção de tratamento oportuno são aspectos fundamentais para uma melhor evolução clínica de pacientes com quadro de miocardite e pericardite” – complementa a Agência.

 

Foto do destaque: Divulgação

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