Pesquisa realizada pela Serasa, que ouviu 3.483 pessoas, mostra que 40,7% dos respondentes têm um familiar ou amigo que teve o celular roubado nos últimos 12 meses. Do total, 9,4% tiveram o aparelho roubado no último ano, 40,4% têm medo de ser assaltado e 68,9% afirmam que o medo de cair em golpes financeiros aumentou.

Ainda de acordo com o anuário de 2022 de segurança pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que reúne dados consolidados pelas secretarias estaduais, os órgãos públicos registraram mais de 800 mil aparelhos roubados ou furtados em 2021: valor equivalente a 1,6 celular roubado ou furtado por minuto no Brasil neste período.

Além de ser uma realidade do cotidiano brasileiro, o roubo de celular implica bem mais do que na perda do aparelho, já que, por meio dele, os criminosos conseguem ter acesso a contas bancárias e dados pessoais para fazer empréstimos e transferências. Veja como bloquear o celular em caso de roubo.

 

 

BLOQUEAR O CELULAR ROUBADO

 

1 – Localize o IMEI do aparelho

O IMEI é um registro de identificação atribuído que todo celular possui e pode ser utilizado para bloquear o acesso às funções do aparelho. Com a operação, o dispositivo móvel não poderá ser usado para acessar redes móveis ou fazer ligações, protegendo os dados do usuário.

 

Para descobrir o IMEI do celular, é preciso:

  • Abrir o discador do celular e digite o comando *#06#.
  • Em seguida, uma tela com o IMEI e o número de série será exibida.
  • Copie os códigos em algum lugar seguro ou tire um print da tela e salve em um arquivo online acessível pelo computador.
Dados do anuário de 2022 de segurança pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que foram registrados mais de 800 mil telefones celulares roubados ou furtados em 2021: valor equivalente a 1,6 celular roubado ou furtado por minuto no Brasil neste período.
Foto: Serasa/Divulgação

Também é possível rastrear o número do IMEI pelo navegador. No caso de celular iPhone, acesse appleid.apple.com e entre com o login e senha. Procure a opção dispositivos, ali estarão listados todos os aparelhos Apple, encontre o iPhone anote o IMEI. Já para Android, acesse google.com/android/find e clique no ícone de informações sobre o aparelho celular para acessar o número IMEI.

 

2 – Bloqueie o celular usando o IMEI

Com o número do IMEI em mãos, ligue para a operadora e acione a opção “perda ou roubo do aparelho”. Serão solicitados dados pessoais e o número de identificação do aparelho para realizar o bloqueio – o tempo de espera varia de acordo com cada operadora, mas pode demorar até 24 horas para ser finalizado. Após a confirmação, o celular roubado não poderá mais ser usado para fazer ligações ou inserir chip.

 

3 – Acesse o site do sistema operacional do celular

Mesmo com o bloqueio no IMEI, os criminosos ainda podem acessar os aplicativos e informações pessoais. Para evitar fraudes, entre no site do fabricante e faça o login. Em seguida, é recomendável limpar todos os dados remotamente.

No Android, isso é feito com o Encontre Meu Dispositivo. Faça login e opte por “apagar dados do celular”. Pelo iPhone, acesse o site iCloud, insira login e senha e acesse “buscar meu iPhone”. Além de mostrar onde o aparelho se encontra, o site permite as opções “modo perdido” ou “apagar iPhone” para impedir o uso dos aplicativos instalados.

 

4 – Faça um Boletim de Ocorrência

Logo após pedir o bloqueio do celular, registre a ocorrência do roubo ou furto. Isso pode ser feito pelos sites das delegacias online e é importante para que a polícia possa monitorar e combater este tipo de modalidade criminal.

 

Saiba como se prevenir

. Tenha um e-mail específico para os bancos: geralmente, os criminosos tentam acessar o aplicativo dos bancos e solicitam uma nova senha para o login. O processo de cadastramento da nova senha é feito por um e-mail que pode estar logado no aparelho celular. Assim, eles conseguem alterar a senha com facilidade e acessar o app bancário. Ao criar uma conta não logada no aparelho celular, você dificulta esse acesso, já que os criminosos não conseguirão acessar este e-mail.

 

. Ative a verificação de duas etapas: além da senha, esse tipo de funcionalidade exige um código para login em aplicativos. Este número pode ser enviado por e-mail (que não deve estar logado no celular) e irá dificultar o acesso as suas contas de e-mail, redes sociais e apps bancários.

 

 

. Esconda os aplicativos de bancos: a partir dessa função, é possível proteger e dificultar o acesso as contas. Para ativar, siga o passo a passo:

 

No Android

  • Abra as configurações e clique em “Tela inicial”.
  • Em seguida, selecione “Ocultar aplicativos”.
  • A lista de apps instalados será exibida. Clique no ícone do aplicativo do banco para escondê-lo da tela inicial.
  • Caso queira o aplicativo de volta à tela inicial, basta repetir o caminho e pressionar o ícone de traço no app.

 

No iOS

  • Abra o iPhone e mantenha o dedo pressionado sobre a tela até que os ícones de apps comecem a flutuar. Em seguida, toque no ícone de traço, localizado sobre o ícone do banco.
  • Uma janela será exibida e, em seguida, clique em “Remover da tela de início”.
  • Também é possível configurar o iPhone para remover o aplicativo de banco dos resultados das pesquisas. Abra a tela “Ajustes” e toque em “Siri e Busca”. Em seguida, localize o nome do app do banco e toque para abrir mais recursos. Por fim, desmarque a opção “Mostrar App na Busca”.

 

MAIS DICAS

. Não guarde senhas e informações bancárias: prefira sempre escrevê-los em um caderno, inclusive, as senhas para login em contas de e-mail, aplicativos bancários e redes sociais.

. Proteja seus dados pessoais: além desses cuidados, outra possibilidade é manter um controle ativo dos dados pessoais.

 Foto do destaque: Serasa/Divulgação
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