A colheita de café em algumas lavouras no norte do Espírito Santo deve começar no dia 18. De acordo com o produtor Jarbas Alexandre Nicoli Filho, alguns produtores já iniciaram a colheita nesta semana, mas em lavouras em que a tendência é fazer a eliminação dos pés de café. “Alguns produtores devem iniciar a partir de 18 abril”, reforça. No entanto, a maioria dos produtores devem começar mesmo a colheita do café no início de maio.

Segundo Jarbas, os produtores têm se preparado para a safra adquirindo equipamentos como máquinas colhedores. No entanto, com a contratação de pessoal estão com dificuldades. “O produtor está em um momento complicado de gente para trabalhar. O pessoal sumiu. Tem uma certa dificuldade na contratação. Os que veem para a colheita geralmente são da Bahia ou do norte de Minas Gerais. Temos dificuldade de mão-de-obra” – frisa.

 

Jarbas Nicoli destaca que no ano passado teve dificuldades na contratação de mão-de-obra.
Foto: Divulgação

Jarbas destaca que no ano passado ele e outros produtores também tiveram dificuldades na contratação de pessoal. Ele relata que o motivo foi o auxílio emergencial que governo estava pagando e impedia que a Carteira de Trabalho fosse assinada. “Este ano, pelas informações que eu tenho, deve haver menos problema porque o governo autorizou a contratação sem a perda do benefício. Então, tenho certeza de que isso vai ajudar bastante”.

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O produtor acredita que a safra deste ano deve ser menor que a do ano passado. “Espero uma redução em relação ao ano passado. Mas temos esperança de um peso melhor no café porque choveu bem. Mas, devido ao Sol de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, e posteriormente a falta de chuvas entre março e outubro, fez com que a copa do café crescesse menos. Então a tendência é ter uma menor produção por isso. Porém o cenário é melhor que o pós-colheita do ano passado”.

“Com a volta das chuvas, acredito numa quebra em torno de 30%. Diferente do ano passado que apostei numa quebra de 50%” – complementa.

 

Café com preço e peso

 

Jaguaré – O produtor rural Evilázio Altoé também tem boas expectativas em relação à colheita de café deste ano. “Acredito que nesse ano os produtores de Jaguaré estão animados e com esperança de que vamos ter duas coisas boas nessa safra: café dois PP, preço e peso”.

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Evilázio ressalta que em função das chuvas recentes, as lavouras de café ficaram mais folhadas e bonitas, e os grão fortalecidos, graúdos. “Se o café pesar, produz bem e rende. E se tiver preço, que é o mais necessário, melhor ainda porque nós precisamos valorizar o nosso produto para que tenhamos facilidade de investimento. Os insumos subiram muito e a animação é porque o preço não está ruim. O café é a nossa maior renda. Sem ele, o município fica estagnado e o comércio não fica ativo. O café é que alavanca e levanta o município de Jaguaré”.

Evilázio Altoé tem boas expectativas em relação à colheita de café deste ano.
Foto: Divulgação

 

O produtor afirma que a maior parte da colheita deve começar no início de maio. Ele entende que quase não há lavouras precoces na região nesse ano. Para isso, já está organizando os equipamentos, maquinários, comprando lonas e outros utensílios necessários para o período da safra. “Esse período em que os produtores se preparam traz um movimento na cidade bom de compras de material e faz com que o município aqueça todo o comércio”.

Em relação à mão-de-obra, Evilázio destaca que Jaguaré não possui trabalhadores disponíveis por conta das demandas das lavouras de fruta e de pimenta-do-reino. “Temos que ver como vai ficar. A cada ano vai apertando. Os produtores já têm contato e trazem pessoas em geral da Bahia e de Minas Gerais para trabalhar”.

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Evilázio frisa que, enquanto produtor, precisa se organizar para receber esses trabalhadores, trazendo pessoas qualificadas e legalizadas, dentro da normalidade da lei. “O produtor tem que considerar que ele é uma empresa que não pode mais ter trabalhador de qualquer maneira. Assim as coisas vão funcionando cada dia e a cada tempo melhor”.

 

Foto do destaque: Divulgação

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