Um homem preso terça-feira acusado de estupro em Jaguaré é suspeito de abusar de crianças há 30 anos no Município, segundo afirmou a assistente social Cleila Medina de Oliveira. Coordenadora do Centro de Referência em Assistência Social (Creas), Cleila afirma que, somente neste ano, já foram registrados 39 casos de abusos contra criança e adolescente no Município.

O assunto será tema de uma audiência pública da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente e de Políticas sobre Drogas da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, marcada para acontecer na próxima quinta-feira (4), às 17h, na Câmara Municipal. A comissão é presidida pelo deputado Delegado Lorenzo Pazolini.

De acordo com Cleila, o objetivo é que nesta audiência seja discutida a questão da segurança pública e a punição para quem comete esses tipos de crime. “Temos esses números altíssimos por sermos município de pequeno porte, porém não sabemos se os casos estão sendo investigados, ou não”, destaca. Ela enfatiza ainda que o nome da pessoa presa em Jaguaré com histórico de acusações da prática desse tipo de crime foi citado durante o atendimento às vítimas de abuso e exploração sexual. “Mas até o momento nada aconteceu. Enquanto isso as vítimas, ou suas famílias, com medo, saem do Município”.

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A assistente social disse que espera que a audiência pública tenha a participação dos vereadores e todos os agentes políticos, professores e trabalhadores das áreas de assistência social, saúde, educação, além de conselheiros tutelares e também sociedade cível e lideranças religiosas.

“Esta é uma luta que não podemos estar só poder público. Importantíssima a participação de todos. As pessoas precisam ter coragem de denunciar, a sociedade precisa compreender que não estamos só nesta luta. Não podemos naturalizar a questão do abuso sexual de crianças e adolescentes. Precisamos falar do assunto e combater” – conclamou a assistente social.

A Assembleia Legislativa realizará a audiência pública quinta-feira, dia 4, no prédio da Câmara Municipal.
EXPECTATIVA PARA A
AUDIÊNCIA PÚBLICA
O resultado da audiência pública esperado por Cleila Medina Oliveira é que a discussão desperte na sociedade a necessidade de combater esses abusos. “Precisamos trabalhar em rede. Temos a certeza que, se todos os casos começarem a ser investigados, os culpados punidos, creio que seja o caminho. O que não podemos permitir é que as vítimas, além de todo constrangimento, sofrimento e trauma, não se tornem refém dessa situação. Temos esperança e estamos confiantes nessa audiência” – comentou Cleila. Ela destacou ainda que o Ministério Público e a Justiça “têm atuado firme nesta questão”.

Jaguaré–ES

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