A Terceira Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental resgatou uma ave de rapina carcará, da fauna silvestre, na Comunidade de Barra Seca, em São Mateus. As informações chegaram à corporação por intermédio de moradores, que disseram que ave carcará apresentava comportamento dócil, voando e andando livremente pelas ruas da localidade, em meio à população, com risco de ser ferida por algum animal doméstico.

O carcará estava em Barra Seca. Fotos: Polícia Ambiental/Divulgação

A Polícia Ambiental registra que após diversas tentativas, a ave foi recolhida na noite de quinta-feira (24), “O resgate do animal foi complexo e, praticamente, transcorreu durante todo o dia, tendo em vista que a ave estava em campo aberto e, apesar de dócil, sempre ficava desconfiada quando ocorria a aproximação dos policiais, voando para outros pontos, sendo necessário reiniciar a aproximação”, relata.

A ave carcará, também conhecida como caracará ou carrancho é uma espécie de ave rapina da família dos falconídeos e aparece em quase todo o Brasil, podendo ser avistado, inclusive, dentro de centros urbanos. “É um predador por excelência e tem uma dieta muito variada. Se alimenta de carniça, outras aves, répteis e até minhoca. Quando adulto, ele pode chegar aos 60 cm de altura e sua envergadura pode atingir os 123 cm” – explica a Polícia Ambiental.

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A ave apresenta comportamento dócil. Polícia Ambiental/Divulgação

Segundo o Comandante da Terceira Companhia, capitão Fabrício Pereira Rocha, este é o segundo Carcará resgatado em período de 10 dias, no município de São Mateus. O resgate anterior foi realizado em uma residência do balneário de Guriri, no dia 14 de junho.

Aves identificadas

As duas aves resgatadas em São Mateus estavam com anilha em uma das garras, com a identificação do CETAS-IBAMA. Após contato com aquele órgão, a Polícia Ambiental foi informada de que estes animais possuíam histórico de terem sido criados irregularmente em cativeiro e que, após passarem por uma readaptação, foram reintroduzidos ao habitat natural nos remanescentes de mata atlântica do norte do Espírito Santo.

“Em virtude de terem se reaproximado das zonas urbanas, em busca de água e alimento, o processo de readaptação não obteve êxito, tendo as aves reapresentado o comportamento dócil de quando eram criadas em cativeiro” – acrescenta.

As aves foram encaminhadas ao Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (CEREIAS), no Município de Aracruz, para os cuidados médicos veterinários, e possivelmente serão enviadas a um Jardim Zoológico ou criador autorizado, a fim de que possam continuar suas vidas normalmente.

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“Dessa forma, a Polícia Militar Ambiental cumpre o seu papel perante a sociedade capixaba, tendo o dever de proteção e manutenção da fauna silvestre brasileira no nosso Estado, atuando no combate aos crimes ambientais, sempre em defesa da vida e do meio ambiente”, sustenta.

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