A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5), a Operação Qatar. A Assessoria de Comunicação da PF detalha que o objetivo da ação é obter novos elementos de prova “para desmantelar um grupo criminoso dedicado ao tráfico internacional de drogas que recrutava jovens brasileiros para enviar cocaína para a Europa, Oriente Médio e Ásia”.

De acordo com a Polícia Federal estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo e em Santa Catarina expedido pela Justiça Federal de Vitória.

Segundo a PF, a investigação teve início com a prisão de dois capixabas mais uma jovem de Santa Catarina que foram presos no Aeroporto Internacional de Doha no Qatar em janeiro de 2020 transportando aproximadamente 10 quilos de cocaína em suas bagagens, em um voo que deixou o Brasil com destino a Bangkok na Tailândia.

“A partir desse momento, foram estabelecidas medidas de cooperação internacional visando obter junto ao General Directorate of Drug Enforcement, autoridade responsável pela ação policial naquele país, todas as provas produzidas em território catari que pudessem ajudar a determinar os envolvidos no recrutamento de jovens (mulas) aqui no Espírito Santo e em outras localidades do Brasil atuantes no tráfico internacional de drogas”, detalha.

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Ainda segundo a PF, os alvos principais da ação desta quarta são os envolvidos diretamente no aliciamento dos jovens, na aquisição de passagens aéreas, preparação de malas com fundos falsos, designação de rotas, obtenção de documentação, dentre outras medidas necessárias para a manutenção do esquema criminoso.

“Com as medidas cumpridas nesta manhã, consideramos que todos os integrantes do grupo criminosos envolvidos no episódio das mulas capixabas presas em Doha foram identificados e agora seguirão a disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal” – reforça a PF.

 

APREENSÕES

A Polícia Federal informa ainda que em um dos endereços alvo de busca e apreensão, em Balneário Camboriú, foi encontrado pela equipe policial a chave de um box de aluguel. “A equipe então se dirigiu até o local onde encontrou um cofre que continha dinheiro em espécie, joias e muitas escrituras de imóveis em nomes de terceiros, possivelmente, derivadas de ações de lavagem de dinheiro”.

 

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CRIMES

Segundo a PF, os investigados poderão responder pela prática de crime de associação para o tráfico e tráfico internacional de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem passar de 30 anos.

 

Foto do destaque: PF/Divulgação

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