Moradora do Bairro Areinha, Maria de Fátima Souza não enviou os quatro netos que estudam na Escola João Pinto Bandeira e no Ceim Carmelina Rios para as unidades de ensino nesta quarta-feira. Ela relatou à Reportagem que soube através de sua secretária da possível ameaça de ataque ao Estadual.

“Ela recebeu uma mensagem e me mostrou. Eu fiquei preocupada. Às vezes as pessoas fazem essas ameaças, deixam esses recados. Imagino que eles pensem: ‘vou atacar tal escola, tal dia’. Só que na verdade eles esperam passar aquele dia e quando todo mundo acalma, volta ao normal, eles atacam. Não temos o que fazer para ficar longe dessas maldades” – frisa.

Na opinião de Maria de Fátima, é muito difícil ficar sabendo dessas ameaças e isso gera medo. “É tanta tragédia que a gente vê, que acha até que pode ser mentira, uma brincadeira. Toda brincadeira tem um fundo de verdade. A gente tem que se prevenir porque está acontecendo muito por aí, perto da gente, em cidades vizinhas. Fico com muito medo. Graças a Deus não aconteceu nada e espero que não aconteça” – enfatiza.

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Ingrid Fontes de Araújo Sarmenghis é mãe de três filhos, dois em idade escolar. Ela detalha que soube das falsas ameaças através de grupos de troca de mensagens. Mesmo com o filho de 13 anos não estudando na escola citada, ela disse que não teve coragem de enviar o filho para estudar nesta quarta-feira.

“A minha filha de 5 anos foi para a creche. Eu soube do ataque que aconteceu em outro estado quando ela já estava lá. Se tivesse sido informada antes, não teria levado ela também” – afirma.

“Já chorei muito hoje [ontem]. Me emociono porque sou mãe. É uma dor que acho que não tem cura. Perder um filho de uma forma tão cruel, brutal e sem explicação não dá para mensurar. Passou da hora do nosso País ter leis mais severas que possam punir essas pessoas. A gente sabe que em outros países essas coisas também acontecem. Acho que o Brasil precisa de ter leis mais severas” – complementa.

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Ingrid faz um clamor as autoridades para que possam fazer algo efetivamente em relação à segurança das crianças nas escolas. Conforme relatou se tivesse a opção de escolha não enviaria as crianças para a escola novamente. “A gente sabe que precisam estudar, mas é um pânico de não ter o que fazer, de não poder fazer nada para mudar. Reforçar segurança, acho que está na hora de ter segurança armada nas escolas, eu não sei, é uma sensação de estar de pés e mãos atadas e muito desespero. Deixo um clamor às autoridades para que elas possam fazer lago por nós porque é realmente apavorante o que a gente está vivendo” – salienta.

Foto do destaque: Divulgação

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