Nascido em 11 de agosto de 1927, Atílio Brioschi completou ontem 95 anos de idade. Destes, 64 estão sendo vividos em Jaguaré. Sem deixar de lado as tradições e costumes adquiridos com os antepassados imigrantes de italianos, se considera jaguarense de coração.

O relato dele contrasta com o de outras duas famílias que compõem a cultura italiana em Jaguaré entrevistadas pela Rede TC de Comunicações: Sossai e Martins.

Atílio conta que chegou em Jaguaré em 1958, aos 31 anos de idade, já casado com Arnilda Claúdia Scabelo Brioschi. O casal, que tinha um filho na época, saiu de Venda Nova do Imigrante em busca de melhores condições de vida no norte do Espírito Santo. Em Jaguaré, a família cresceu, com mais seis filhos, sendo 4 mulheres e 3 homens ao todo. Hoje, já são mais 14 netos e 10 bisnetos, além de noras e genros.

“Tínhamos uma família muito grande e a nossa terra em Venda Nova não seria suficiente. Éramos em 14 irmãos e todos começando a vida. Os mais velhos casado e com filhos. Foi então que meus pais, Ângelo Brioschi e Purina Falchetto, decidiram vender tudo e mudar para o norte. As terras aqui eram mais acessíveis” – detalha.

Lembra que os primeiros anos foram difíceis, com os irmãos morando na mesma casa, até cada um conseguir construir a sua própria moradia. A família Brioschi se instalou na localidade conhecida como Caximbauzinho. “Plantamos café e outras culturas como o sorgo [cereal utilizado na alimentação animal], investimentos em agropecuária e com o tempo instalamos uma madeireira” – frisa Atílio Brioschi.

Atílio Brioschi participa das atividades diárias da Semana Cultural Italiana de Jaguaré e diz que tem orgulho de ser jaguarense.
Foto: Divulgação

De acordo com ele, a família sempre contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da região. “Naquela época, abrimos estradas com enxadão. Todos ajudavam na construção das igrejas, por exemplo. Doamos terras para escola, hospital e a Igreja de São Valentim” – destaca.

Participante ativo da Semana Cultural Italiana, Atílio Brioschi tem uma observação, bem humorada, em relação à festa que exalta a cultura italiana em Jaguaré: “Começou a ser realizada tarde!”

Segundo a filha de Atílio, a professora aposentada Elizabete Brioschi Fabres, que é quem cuida do pai após o falecimento da mãe Arnilda em 2020, ele já integrou a diretoria da Associação do Movimento Italiano de Jaguaré (Amitaj). “Hoje, frequenta os festejos diariamente e diz que tem orgulho de ser jaguarense”, enfatiza.

 

 

Foto do destaque: Divulgação

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