A Força Tarefa de Segurança Pública do Espírito Santo, composta por policiais federais, rodoviários federais e guardas civis de Vitória, Vila Velha e Serra, deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a Operação Silhueta.

Além de um mandado de prisão preventiva cumprido na Capital, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Vitória e um na Serra.

A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira. Fotos: Polícia Federal/Divulgação

“As investigações tiveram início na Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais da PF que percebeu indícios de desvio e venda ilegal de munição envolvendo proprietários e funcionários de uma loja de armas de fogo onde também funciona um estande de tiro”, detalha a Polícia Federal.

Dando continuidade ao trabalho, a PF sustenta que a Força Tarefa de Segurança Pública comprovou as suspeitas iniciais e apontou uma enorme possibilidade de que também estariam ocorrendo desvios relativos ao comércio de armas de fogo.

“O objetivo das ações de hoje, além do cumprimento das ordens judiciais mencionadas, é a obtenção de novos elementos de prova que possam permitir o aprofundamento e a conclusão das investigações” – acrescenta.

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ENTENDA O CASO

As primeiras ações relativas à Operação Silhueta ocorreram após a percepção “de que os proprietários e funcionários do clube de tiro estariam vendendo munições de forma irregular valendo-se do lançamento nos mapas de venda do nome de pessoas que já haviam comprado anteriormente em sua loja”.

De acordo com a PF, a partir daí, lançavam a compra de uma quantidade de munições em nome do cliente, muito embora aquela pessoa nunca tenha feito tal aquisição. Na sequência, a loja dava baixa em seu estoque e a munição era vendida no mercado clandestino por um valor bem acima do mercado.

“As investigações também apontaram para a venda fraudulenta de pistolas semiautomáticas. Em razão do tipo de adulteração realizada nos números de série das armas (para concretização das vendas fraudulentas), os criminosos acreditavam que permaneceriam impunes” – afirma a PF.

Em síntese, a Polícia Federal relata que os investigados fraudavam mecanismos de controle fiscalizatório de armas e munições, para venderem esses itens por preços superiores aos praticados no mercado legal e que, por vezes, acabavam nas mãos de membros de organizações criminosas da Grande Vitória.

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RAZÃO DO NOME

O nome escolhido é uma alusão ao alvo utilizado nos clubes para a prática do tiro desportivo.

CRIMES INVESTIGADOS

Os investigados responderão inicialmente pelos crimes de Falsidade Ideológica (Art. 299 do Código Penal) e Comércio Ilegal de arma de Fogo (Lei 10.826/2003), sem prejuízo de eventuais apurações futuras de outros crimes. Somadas, as penas podem chegar a mais de 17 (dezessete) anos de condenação.

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