Com o tempo firme e ensolarado, as obras de movimentação de terra –retirada da massa que deslizou durante as enchentes e material recortado do barranco– e preparação da encosta para receber o muro de contenção seguem dentro do cronograma das obras na Ladeira no Besouro. A afirmação é da Prefeitura de São Mateus, em mensagem da Secretaria de Comunicação.
Os trabalhos estão sendo feitos pelo Governo Estado, em parceria com a Prefeitura. O valor do investimento é cerca de R$ 51 milhões.
“Para facilitar o processo, a execução dos serviços está sendo feita por trechos. Nas proximidades do antigo mirante o recorte necessário está praticamente concluído e a próxima fase será a escavação de uma trincheira onde será instalada a base do muro de gabião” – detalha.
De acordo com a Prefeitura, o segundo trecho, onde o deslizamento deixou um barranco quase vertical, exige maior cuidado e a retirada de terra está sendo feita de forma escalonada, em sistema de degrau, inclusive para permitir a demolição da fundação do prédio que existia naquele local.
O terceiro e último trecho, embora de menor altura, exigirá cuidados adicionais. Segundo o engenheiro de campo da empresa contratada João Marcos de Souza o tipo de solo, mais siltoso que nos trechos anteriores –solo intermediário entre a areia e a argila, considerado ruim e difícil de trabalhar, já que há níveis elevados de erosão e desagregação natural–, é mais instável e demandará ainda mais atenção.
“Todas as dificuldades da execução desta obra foram consideradas durante a elaboração do cronograma dos serviços e a segurança dos trabalhadores e operadores de máquina está em primeiro lugar. Deixamos este trecho por último, o que permitirá adiantar a trincheira e vir substituindo o solo de forma escalonada, minimizando os riscos” – explica Souza.
CUIDADOS ADICIONAIS
Antes da escavação da trincheira para construção a base da estrutura, a água que brota em certos trechos da encosta – não tem qualidade para ser aproveitada – será canalizada por tubos de drenagem e conduzida de forma unificada, para desaguar no Rio Cricaré.
A pedido da Comunidade, um carro pipa está jogando água na avenida, por onde passam os caminhões que retiram a terra, para reduzir a emissão de poeira e minimizar o incômodo dos moradores.
Foto do destaque: Secom-PMSM/Divulgação
