BRUNO BRAZ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Catatau -ou melhor, Ygor- foi a grata surpresa do Vasco diante do Santos na última quarta-feira (2). Emprestado pelo Madureira, o atacante fez sua estreia e teve boa atuação, sendo considerado o melhor em campo na premiação da TV Globo.

O leitor pode ter estranhado o adendo sobre seu nome no primeiro parágrafo, mas ele tem explicação: é que desde que chegou ao time cruz-maltino, após atuar pelo Campeonato Carioca, ele não tem sido chamado pelo Vasco por seu apelido, que carrega desde a infância.

Seja no material de divulgação dos relacionados ou mesmo na camisa 38 que veste, ele é citado apenas como Ygor pela equipe de São Januário -que voltará a tê-lo à disposição neste domingo (6), diante do Athletico-PR, mas desta vez na reserva, já que Talles Magno volta de suspensão.

A decisão de omitir o apelido partiu do próprio Vasco. Não foi um pedido do jogador, que recebeu tal alcunha ainda garoto dos vizinhos do bairro da Abolição, na zona norte do Rio de Janeiro, que viam semelhanças nele e no irmão com os personagens da animação “Catatau e Zé Colmeia”.

Antes de chegar ao clube cruz-maltino, o atacante de 25 anos foi chamado de Ygor Catatau em todos as equipes pelas quais passou: Madureira, Barra da Tijuca e Boa Esporte. Agora apenas Ygor, defende pela primeira vez um clube de massa.

A prova de que o atacante não se incomoda com o apelido está em suas redes sociais.

Tanto no Instagram quanto no Twitter o jogador adota a alcunha, sendo que no microblog ele ainda utiliza o emoji de um urso, animal que dá vida ao personagem do desenho animado.

O curioso é que o Vasco possui jogadores com apelido no elenco, casos dos laterais direitos Yago Pikachu e Cayo Tenório, este último em comparação física com o atacante equatoriano Carlos Tenório, que passou pelo clube em 2014.

Em compensação, o meia Lucas Santos deixou para trás seu apelido “Robinho”, que carregava na base em alusão ao ídolo do Santos. Mateus Vital, hoje no Corinthians, foi outro que perdeu o apelido quando chegou ao profissional no Vasco -antes, era Mateus Pet, em alusão ao sérvio Petkovic.

Junto com Marcelo Alves, então companheiro de Madureira, Ygor Catatau chegou ao Vasco após a paralisação do futebol por conta do coronavírus. Na avaliação do técnico Ramon Menezes, o período sem atividades enfraqueceu umas das principais características do atacante: a força física.

O Vasco, então, fez todo um trabalho com a preparação para que o jogador recuperasse essa questão e ficasse à disposição em melhor forma. “O Ygor, quando chegou, a própria pandemia tirou uma das melhores coisas dele, que é a força. Ele precisa estar muito bem fisicamente para mostrar força. Veio trabalhando muito forte e não teve chance. Hoje (contra o Santos), começou jogando e foi muito bem”, elogiou Ramon.

O treinador lembrou também quando o Vasco enfrentou Ygor Catatau no Campeonato Carioca, quando ele ainda estava no Madureira: “Jogou muito bem em São Januário contra nós. E agora recuperou o que tem de melhor, que é a força física. Hoje nos ajudou muito”.

O empréstimo de Ygor Catatau ao Vasco tem duração prevista até 31 de dezembro. Porém, como o clube tem boa relação com o Madureira, não deverá ter problema para estender o vínculo pelo menos até o fim do Brasileiro, que agora terminará em fevereiro em função da pandemia.

VASCO
Fernando Miguel; Pikachu, Castan, Miranda e Neto Borges; Bruno Gomes, Andrey, Fellipe Bastos e Benítez; Talles Magno e Cano. T.: Ramon Menezes

ATHLETICO-PR
Santos; Khellven, Lucas Halter, Pedro Henrique e Abner; Richard, Erick e Léo Cittadini; Geuvânio, Pedrinho e Bissoli. T. (interino): Eduardo Barros

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 18h deste domingo (6)
Árbitro: Raphael Claus (SP)

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