Segundo balanço divulgado pela Netflix, a empresa perdeu 200 mil assinantes em todo o mundo no primeiro trimestre deste ano, período em que previa conseguir 2,5 milhões de novos clientes. A empresa explicou que a queda deveu-se principalmente à dificuldade de conseguir novos assinantes e também à suspensão de seu serviço na Rússia, que resultou na perda de 700 mil assinantes.
Os números suscitaram questionamentos em Wall Street sobre o crescimento da empresa, diante da concorrência acirrada e da audiência fatigada após anos de pandemia.
O JPMorgan fez o movimento mais agressivo ao reduzir pela metade o preço-alvo da ação, para US$ 305, -bem abaixo da mediana de preços-alvo de analistas em Wall Street, de US$ 400.
Em um esforço para acalmar os nervos, executivos da empresa disseram a analistas na terça-feira que estavam procurando oferecer um streaming com base em anúncios nos próximos um ou dois anos e prometeram fechar o cerco contra o compartilhamento de senhas -um problema de longa data para o serviço.
“A lucratividade ou o modelo de negócios da Netflix não é o problema, como mostram os números, mas alguns consumidores podem estar cancelando a assinatura devido à inflação e à fadiga do usuário pós-pandemia”, disse Peter Garnry, chefe de estratégia de ações do Saxo Bank.
O lucro foi de US$ 1,6 bilhão, abaixo do valor do primeiro trimestre de 2021 (US$ 1,7 bilhão).