Desde a divulgação das denúncias, há quase sete meses, Guimarães e outros envolvidos não sofreram condenações na Justiça
O Ministério Público Federal (MPF) concluiu as investigações sobre as denúncias de assédio sexual e moral na Caixa. O processo está sob sigilo.
O MPF enfatiza que, desde a divulgação das denúncias feitas por empregadas do banco, há quase sete meses, executivos do banco acusados de praticar os assédios não sofreram condenações na Justiça. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) acompanha de perto os desdobramentos do caso e pede a punição rigorosa aos autores.
“Não vamos deixar passar sem que sejam punidos todos os evolvidos neste escândalo que, infelizmente, manchou a história da Caixa”, disse o presidente da Federação, Sergio Takemoto. Em setembro do ano passado a Fenae solicitou ser assistente na ação do Ministério do Trabalho (MPT).
A ação do MPT pediu a condenação de um ex-executivo da Caixa ao pagamento de R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres. Também solicitou que a Caixa pague R$ 305 milhões pela omissão na investigação.
De acordo com a conclusão do MPT, o número de assédio quadruplicou no banco durante a gestão do ex-presidente. Entre 2013 e 2018, a média de denúncias de assédio recebidas pela Caixa era de 80 por ano. A partir de 2019, até o dia 1º de setembro de 2022, a média subiu para 343 denúncias por ano –um aumento de 425%.
Gestão humanizada
A escolhida do presidente Lula para presidir a Caixa, a diretora da Fenae e Conselheira de Administração do banco, Rita Serrano, falou com a Federação sobre a crise reputacional do banco após as denúncias e avisou que o assédio na Caixa vai ficar para trás. “É um escândalo vergonhoso para a história da Caixa”, disse. “Mas a era de assédio vai acabar. Nós vamos humanizar as relações de trabalho”, afirmou.
“Assédio Nunca Mais”
No mês de dezembro, a jurista e advogada atuante nos processos das denúncias da Caixa, Soraia Mendes, conversou com a Fenae sobre o caso. Para ela, este é o maior escândalo de assédio sexual no Brasil.
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