Os processos em que uma das partes esteja no exterior podem ter o tempo reduzido em mais de um ano com a implantação da Justiça Digital. A estimativa é da juíza Aline Moreira Souza Tinôco, da Vara da Família. A magistrada é precursora do modelo na Comarca de São Mateus e conduz, na tarde desta quinta-feira (4), as duas primeiras audiências utilizando o aplicativo WhatsApp. Fundadora da Justiça Digital, a mediadora Evelyn Castillo, do Rio de Janeiro, palestrou nesta quarta-feira (2) no Fórum Desembargador Santos Neves.

“Permitir que todos tenham acesso à Justiça e de uma forma rápida”, disse a juíza Aline Moreira Souza Tinôco. Foto: Ademilson Viana/TC Digital
A juíza Aline enfatiza que o objetivo de implementar a Justiça Digital é a celeridade, “permitir que todos tenham acesso à Justiça e de uma forma rápida”. A magistrada exemplifica que, quando uma das partes esteja em outro país, é necessário que seja enviada uma carta rogatória e essa medida na maioria dos casos demora mais de um ano. “Com a Justiça Digital conseguimos fazer isso em 30 dias”, frisa.

A magistrada acrescentou que a parte que esteja no exterior terá a oportunidade também de participar das audiências e manifestar-se em tempo real. Já para casos que a parte esteja em outro estado, a juíza explica que, sem a Justiça Digital, demora pelo menos uns seis meses para ser cumprida a carta precatória. A juíza Aline ressalta que a opção de utilizar a Justiça Digital é facultativa e depende da aprovação das partes.

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A idealizadora do projeto Evelyn Castillo relatou que, no Espírito Santo, a Justiça Digital já teve adesão em Serra, Vitória e Vila Velha. Ela reforça que o modelo segue protocolo de qualidade no atendimento e tudo é gravado. “Surge da necessidade da população ter uma conexão direta com o tribunal”, reforça.

A idealizadora da Justiça Digital, Evelyn Castillo, palestrou nesta quarta-feira (03) no Fórum Desembargador Santos Neves. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

Evelyn disse ainda que a ideia surgiu porque o fórum em que trabalha fica em área de risco, no Rio de Janeiro, próximo da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão. Desta forma, criou o sistema para que a população tomasse ciência dos processos. Conforme disse, além de WhatsApp, a Justiça Digital pode ser efetivada por intermédio de outras redes sociais.

A diretora do Núcleo da Defensoria Pública de São Mateus, Daniela Machado Secioso Borgo, avalia que a Justiça Digital é importante sobretudo para os assistidos, por agilizar o processo. Também estiveram presentes na palestra outros juízes, advogados, servidores do Fórum Desembargador Santos Neves e policiais militares.

A diretora do Núcleo da Defensoria Pública de São Mateus, Daniela Machado Secioso Borgo, avalia que a Justiça Digital é importante sobretudo para os assistidos, por agilizar o processo. Foto: Ademilson Viana/TC Digital

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