THIAGO FERNANDES
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Jorge Sampaoli mostrou muita sinceridade durante a passagem pelo Santos na temporada passada. Por causa de seu perfil, o argentino acumulou divergências com a diretoria do ex-clube. No Atlético-MG, além do gestor Gabriel Andreata, que é membro de seu estafe, ele já tem outro aliado: o diretor de futebol Alexandre Mattos.
A dupla se encontrou em raras oportunidades devido à pandemia do novo coronavírus.
Todavia, mantém contato diário para falar sobre o elenco que está à disposição do comandante e as possíveis contratações no mercado da bola, como já adiantou o próprio dirigente por meio de entrevistas. A reportagem apurou que o argentino aprova a forma de trabalhar do cartola no cotidiano.
Alexandre Mattos tem mostrado preocupação em deixar o técnico à vontade na Cidade do Galo. O dirigente faz o meio-campo entre a diretoria e a comissão técnica a fim de planejar o time para 2020. Ele escuta as sugestões do argentino para qualificar o plantel.
Em uma conversa com um membro do estafe de Sampaoli, a reportagem apurou que há sintonia entre a dupla. O treinador se dirige ao diretor de futebol sempre que necessita fazer uma sugestão ou um pedido visando a qualificação do grupo de atletas. É Mattos quem age como o mediador de qualquer tipo de pedido do técnico ao presidente Sérgio Sette Câmara.
Na última terça-feira (28), Mattos falou sobre a relação com Sampaoli em entrevista ao SporTV: “Sampaoli é extremamente intenso, ele vive futebol, pensa no futebol o tempo todo. Acredito que esteja pensando em futebol nesse momento na casa dele. Converso muito com ele, hoje foram três ou quatro vezes por telefone. Óbvio que temos algumas dificuldades do momento. Temos algumas prioridades, e no momento a prioridade é a segurança de todos e a retomada da vida nas condições normais”.
“Mas a gente está buscando entender o que pode acarretar de dificuldade maior com esse processo que ninguém esperava. E a gente tentar daí colocar em prática aquilo que a gente pensou nesse período para fazer um Atlético vitorioso. O Sampaoli até me ligou muito quando eu estava naquele processo tentando o meu visto para ir para a Inglaterra [chegou a fechar com o Reading]. Assim como o presidente Sérgio me ligou. Falamos da ambição e da ousadia do projeto. A gente sabe o tamanho que tem o Atlético, o que representa o seu torcedor e a camisa do clube. É uma honra enorme fazer parte de um projeto desse e de um clube como esse”, concluiu.
