CRISES
Se não bastasse a eclosão, novamente, da crise no abastecimento de água potável em São Mateus, os moradores foram tomados também por um turbilhão de eventos envolvendo a política local. A falta de água potável nas residências pode ser amenizada por vontade política, já que projeto é o que não falta para solucionar de vez esse problema que já se arrasta há décadas. Na esfera política, só quando a poeira abaixar é que se vai clarear um caminho. Em suas falas, o prefeito interino Caffeu exibe ânimo para continuar no comando, enquanto, nos bastidores, há um burburinho de que Daniel pode ser reconduzido ao cargo a qualquer momento. O remédio é o tempo!

ÁGUA TEM
Quem vê o Rio Cricaré fluindo majestoso e sereno em direção ao oceano percebe que água é o que não falta. No entanto, essa água está salgada. A explicação de especialistas é que, como o volume de água doce no rio está em níveis cada vez mais baixos por conta do período de estiagem, a cunha salina que vem do oceano não encontra essa barreira natural e ‘invade’ o leito rio acima. Isso ocasiona a salinização do rio, que segundo os últimos dados do Saae já estava em mais de 80ppm –partes do milhão– cerca de três quilômetros acima de um ponto de captação no Bairro Jambeiro. No ponto de captação do Saae no Bairro Porto, já ultrapassou os 3.000ppm. A Organização Mundial da Saúde recomenda níveis de até 250ppm.

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CHUVAS
Mas um alívio nessa situação pode ocorrer nos próximos dias. É que os institutos de meteorologia preveem muita chuva até depois do feriado no norte do Espírito Santo e no Leste de Minas Gerais, onde estão as cabeceiras do Rio Cricaré (São Félix de Minas e Itambacuri). Se concretizarem as previsões, um grande volume de água deve chegar ao baixo Vale do Cricaré na próxima semana e ‘empurrar’ a cunha salina de volta ao oceano. Com isso, o Saae poderá novamente captar água no Rio Cricaré, no Bairro Porto. Amém!

JAVAPORCOS
Os mineiros sempre ‘exportam’ muita coisa boa para o Espírito Santo desde sempre. Da culinária, passando pelas riquezas culturais, cachaça, a sua gente, até aos turistas que enchem as praias, principalmente as do norte, promovendo um ganho econômico muito grande na área. Porém, nos últimos dias as autoridades têm demonstrado preocupação com um intruso em especial: javaporco. Animais de características migratórias, eles andam em bando, consomem as plantações que encontram pela frente e trazem muito prejuízo.

Foto: Divulgação

DESCUIDO
Na verdade a invasão dessa espécie exótica já tem trazido muito dor de cabeça para produtores brasileiros. A explicação é que, um descuido na hora do manejo dos animais virou um problema ambiental de difícil solução no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste brasileiro. Os javalis vieram da Europa, Ásia e do norte da África para consumo de sua carne há mais de 100 anos. Porém, vários javalis conseguiram escapar de seus recintos e passaram a cruzar com porcos domésticos. O resultado disso foi o surgimento de um animal híbrido, o javaporco, muito maior e que se prolifera com rapidez. Ele se transformou em uma ameaça que invade os campos e as florestas brasileiras, espanta animais nativos, pisoteia nascentes, come plantas e destrói lavouras.

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NOVA MATRIZ DE RISCO
As novas medidas anunciadas pelo governador Renato Casagrande nesta semana vai mexer com o cotidiano dos capixabas. Ele afirmou que a partir de novembro, o mapa de risco de transmissão do novo coronavírus dos municípios vai ganhar mais um grau de classificação: o risco muito baixo, em azul. Mas para se chegar a essa classificação os municípios deverão atuar de forma conjunto na vacinação, já que o critério é que o risco muito baixo será determinado para a microrregião onde a vacinação atingir 80% da população adulta (D1 e D2), e 90% da população de 12 a 17 anos (D1) e idosos (D3). Estes municípios experimentarão abertura total das atividades econômicas nessa classificação que é tida como fase de retomada.

PASSAPORTE DA VACINA
No entanto, mesmo com a abertura total das atividades econômicas nos municípios das microrregiões classificadas como risco muito baixo (azul), alguns estabelecimentos deverão exigir o chamado passaporte da vacina. São os casos de boates, casas de shows, cinemas e teatros.

TURBULÊNCIA EM BRASÍLIA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisam ser investigados imediatamente. É o que diz a Coordenação da Campanha Tributar os Super-Ricos, exigindo apuração das condutas de Guedes e Campos Neto, que mantêm contas em paraísos fiscais enquanto ocupam cargos estratégicos no governo brasileiro podendo se beneficiar de informações privilegiadas do sistema financeiro. “Ao invés de promover justiça fiscal e a redução das desigualdades sociais, como determina a Constituição Federal, locupletam-se de forma, no mínimo, antiética, e se beneficiam dos efeitos da crise econômica, como a desvalorização da moeda nacional, por exemplo, num evidente conflito de interesses” – aponta a Coordenação.

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PANDORA PAPERS
Um consórcio internacional chamado de ICIJ elaborou o relatório de Pandora Papers e identificou que o ministro da Economia Paulo Guedes possui US$ 9,5 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões na época do aporte) em empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. Estima-se um lucro de R$ 16 milhões, só com a desvalorização do real frente ao dólar na gestão de Jair Bolsonaro. Campos Neto já foi denunciado em outra investigação (Panamá Papers) por remeter ilegalmente cerca de R$ 5 milhões do Brasil para Luxemburgo. É preciso entender que, manter contas ou aplicações em paraísos fiscais, quando devidamente declaradas à Receita Federal, pode até não ser ilegal, mas é absolutamente incompatível com a ocupação de cargos públicos, especialmente em funções estratégicas como de ministro de Estado ou presidente do Bacen. Além disso, o Artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, proíbe expressamente essa conduta.

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