O Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRS) reduziu para 0% a taxa de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical de demora e a taxa de infecção da corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A informação é da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), que destaca que o resultado foi alcançado a partir de ações implantadas na UTI desde janeiro de 2018, quando o hospital começou a participar do Projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI).

“Esse é um projeto muito importante. Aproximadamente mil hospitais se candidataram para participar e 120 foram selecionados. Trabalhamos com uma metodologia nova, que nos permite verificar todas as possibilidades de erro antes de efetivamente implementar novas ações. É também um processo de conscientização da equipe. Essas melhorias não aumentam o quadro de pessoal nem exigem a utilização de novas tecnologias, além daquelas que já existem dentro de uma unidade de terapia intensiva. Elas promovem ganho para a segurança do paciente pela mudança do processo de trabalho e da atenção ao paciente” – explica o diretor-geral do HRS, Allan Jacqueson Barbosa Lobo.

De acordo com dados registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2016,o Hospital Estadual Roberto Silvares registrava 11,56 casos de infecção do trato urinário associado ao uso de cateter vesical de demora por 1.000 cateteres/dia na UTI, enquanto a média nacional era de 5,1; e 6,78 casos de infecção da corrente sanguínea por uso de cateter venoso central contra uma média nacional de 4,6 casos para cada 1.000 cateteres/dia.

Segundo a enfermeira Débora Oliveira Prates, que trabalha no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HRS e é líder do projeto de melhoria da segurança do paciente, a infecção do trato urinário e a infecção da corrente sanguínea são multifatoriais, mas a principal causa é o uso da sonda vesical de demora e do cateter venoso central, que são dispositivos invasivos.

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