RICARDO DELLA COLETTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Diante da crise de saúde em Manaus, o governo federal autorizou a ampliação, pelo período de um ano, de 72 vagas do programa Mais Médicos na cidade. A decisão consta em portaria assinada pelo ministro Eduardo Pazuello (Saúde) no Diário Oficial da União.

O despacho afirma que a ampliação é “emergencial e temporária”. Cita como justificativa a “situação de emergência ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19)”. O provimento das vagas ampliadas ocorrerá por edital de chamamento público de médicos.

Manaus passa por uma crise de saúde pública com o aumento de casos de Covid-19 e alta demanda por oxigênio hospitalar, que ultrapassou a capacidade de reposição local e levou a uma situação de colapso na semana passada.

Na quarta-feira (14), hospitais de Manaus ficaram sem o insumo básico, pacientes morreram pela falta de oxigênio e familiares passaram a buscar cilindros em fornecedores e levá-los às unidades de saúde para atender seus parentes.

As cenas de pessoas desesperadas carregando cilindros de oxigênio para os hospitais e os relatos de médico sobre a situação de calamidade nas alas hospitalares causaram comoção nas redes sociais.

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A crise na capital do Amazonas também joga pressão sobre Pazuello. Na segunda-feira (18), ele admitiu que soube da possibilidade de falta de oxigênio no Amazonas no dia 8 de janeiro, uma semana antes do dia mais grave de mortes por asfixia em leitos do estado. No entanto, o ministro defendeu ações tomadas pelo governo federal e rebateu acusações de omissão.

Desde a eclosão da crise, aviões da Força Aérea Brasileira começaram a transportar cilindros de oxigênio a Manaus. Pacientes também foram removidos para outros estados.

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