A construção de foguetes com materiais alternativos movimentou as aulas das disciplinas de Ciências, Biologia, Física e Pensamento Científico da Escola Marita Motta Santos, em São Mateus.
Conforme detalha a diretora Bruna Bonomo, dentro do currículo das escolas de tempo integral, as disciplinas de Práticas Experimentais das Ciências da Natureza e de Pensamento Científico buscam estimular a iniciação científica e propiciar, através da experimentação, um trabalho de teoria aliada à prática.
“As atividades práticas, quando bem planejadas, possibilitam o desenvolvimento da pesquisa e da problematização em sala de aula, despertando a curiosidade, o interesse e a aprendizagem dos estudantes” – sustenta.
A proposta do professor da disciplina de Ciências e Biologia, Ronaldo Morais dos Santos, através da construção de foguetes com materiais alternativos, tem o objetivo de motivar os estudantes para a participação na competição de lançamento de foguetes, conhecida nacionalmente como Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), realizada pela Olímpiada
Brasileira de Astronomia (OBA).
Para fortalecer a ideia, o professor Ronaldo envolveu a parceria das disciplinas de Física e de Pensamento Científico, ministradas pelo professor Marcio Cypriano de Lima.
Construção dos foguetes
A diretora Bruna Bonomo detalha que os foguetes foram construídos durante o primeiro trimestre e alguns lançamentos foram realizados no próprio pátio externo da escola.
“Considerando o envolvimento dos estudantes e dedicação na diversificação da natureza dos foguetes de reação e sem reação, foi realizado um momento interativo com os representantes dos grupos do ensino fundamental e do ensino médio, com o lançamento de foguetes ao ar livre. Um local escolhido foi o Estádio Sernamby” – frisa Bruna.
Ela considera ainda o momento marcante nesse processo de retomada das parcerias locais e a socialização da prática para além dos muros da escola.
“Os estudantes demonstraram grande satisfação ao vivenciarem o lançamento dos foguetes, já que eles foram o produto final de um trabalho realizado ao longo do trimestre com a orientação dos professores. E o melhor, viram que o conhecimento científico de fato está em todo lugar” – sustenta.
“Um ponto de destaque é que o projeto conseguiu trabalhar o princípio da equidade de gêneros, onde tanto meninos quanto meninas tiveram espaço de criação. Isso foi incrível. Além disso considero a ação dos professores brilhante, pois estimulou a aprendizagem de uma forma interdisciplinar, rompeu os limites entre as disciplinas envolvidas e conseguiu tornar processo de ensino aprendizagem mais envolvente e eficaz”, avalia Bruna.
Interesse nas aulas aumentou
Para o estudante Christyan Evetyn de Freitas Cardoso, do 8º ano do ensino fundamental, a atividade com foguetes ajudou na aprendizagem em Ciências e o interesse pelas aulas aumentou depois do projeto.
O estudante, Théo Neves Biernet, do 1º ano do ensino médio, observou que a turma dele se envolveu na construção dos foguetes. Para o aluno, a atividade trabalhou os conteúdos de Física e, por isso, a turma gostou da atividade, “porque puderam aprender de forma diferente”. Além disso, o projeto ajudou no projeto de vida dos estudantes que gostam dessa área.
Para o professor Ronaldo, a proposta está totalmente voltada para o despertar dos estudantes para a participação na Olimpíada Brasileira de Astronomia e a Mostra Brasileira de Foguetes.
O projeto foi desenvolvido de duas formas: no ensino fundamental, os foguetes foram fabricados sem reação, com uso da pressão de ar; e no ensino médio com o uso de reação química, aonde os lançamentos vão mais distantes.
A sensação do professor de ver o projeto concluído é de dever cumprido.
Foto do destaque: Divulgação
