O Estado do Espírito Santo tem a maior desigualdade salarial entre homens e mulheres de todas as Unidades da Federação. Segundo o 1º Relatório de Transparência Salarial, as capixabas recebem 35,1% a menos do que os homens, em um universo de 944 empresas, que totalizam 298,2 mil ocupados.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o documento, apresentado nesta segunda-feira (25) pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários –perfil exigido por lei para apresentar os dados para o Governo Federal.

A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No Espírito Santo, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 26,3%.

O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres.
Foto: Freepik.com/Divulgação

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, embora sejam maioria nas empresas, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.565,63, a da não negra é de R$ 3.730,65. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 4.149,64 e os não negros, R$ 5.554,60.

Leia também:   Produção de gás natural no ES deve crescer 5,2% ao ano até 2028

O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

No caso do Espírito Santo, o relatório registrou que 42,1% das empresas possuem planos de cargos e salários; 25,6% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 28,8% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 24,5% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 19,8% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 18,5% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e somente 6,3% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.

Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (9,7%) e auxílio-creche (16,4%).

 

No Brasil, diferença salarial varia de acordo com o grande grupo ocupacional

No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o 1º Relatório de Transparência Salarial. No total, 49.587 empresas responderam ao questionário –quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. Juntas, elas somam quase 17,7 milhões de empregados.

Leia também:   Suzano Ventures investe até US$ 5 milhões na Bioform para desenvolvimento de alternativas renováveis ao plástico

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%.

 

POLÍTICAS DE INCENTIVO

O relatório registrou que, em todo o país, 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 20,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.

Leia também:   Governo do ES realiza cerimônia de posse de 34 auditores fiscais da Receita Estadual

Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%).

Foto do destaque: Freepik.com/Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here