SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A falha na tentativa de pouso do módulo Hakuto-R Mission 1 (M1) na Lua, no fim de abril, foi provocada por um erro de cálculo de altitude, que deixou a espaçonave sem combustível, disse a empresa japonesa ispace nesta sexta-feira (26), segundo a agência Reuters.

A companhia, com sede em Tóquio, perdeu a conexão com o módulo de pouso depois de a espaçonave tentar o que seria o primeiro pouso comercial na superfície da Lua.

A empresa japonesa já havia admitido que a tentativa de fazer o primeiro pouso privado na Lua havia falhado depois de perder contato com seu módulo de pouso, concluindo que provavelmente ele tinha caído na superfície lunar.

No comunicado, feito horas depois de perder o contato, a companhia declarou acreditar que a espaçonave poderia ter feito um “pouso forçado”.

A espaçonave foi lançada em dezembro de Cabo Canaveral, Flórida (EUA), em um foguete SpaceX, e completou 8 dos 10 objetivos da missão no espaço. Segundo o presidente-executivo e fundador da ispace, Takeshi Hakamada, isso vai fornecer dados valiosos para a próxima tentativa de pouso em 2024.

No momento esperado para o pouso, os engenheiros no controle da missão pareciam ansiosos enquanto aguardavam a confirmação de sinal do M1, mas essa confirmação não veio.

As operações de inserção orbital –quando a sonda se tornou a primeira espaçonave privada a orbitar a Lua– foram bem-sucedidas, com a captura de diversas imagens ao longo do percurso.

A descida automatizada na cratera Atlas, na região nordeste do hemisfério próximo lunar, seguiu como programada, reduzindo a altitude de 100 km a praticamente zero, bem como a velocidade de 6.000 km/h.

Boa parte do processo foi feita também sem telemetria, conforme a nave passava por trás do satélite natural, mas se alinhou perfeitamente com as expectativas.

O acidente foi o mais recente revés no programa espacial do Japão. Em março, a agência espacial nacional teve de destruir o foguete H3 após falha depois do lançamento.

“Por meio dessas duas missões é importante aumentar o máximo possível o nosso conhecimento para alcançar uma comercialização estável no futuro”, disse o presidente-executivo da ispace, Takeshi Hakamada, a repórteres no Japan National Press Club.

Foto: NASA
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