SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta quarta-feira (20), o cartunista Angeli, 65, anunciou seu afastamento dos quadrinhos após receber o diagnóstico de afasia. O distúrbio já havia ganhado os holofotes em março, quando o ator Bruce Willis também declarou que iria deixar as telas pela mesma razão.
A afasia também é classificada pelo seu causador, que podem ser lesões estáticas ou progressivas primárias.
“No primeiro grupo, os sintomas surgem de uma hora para a outra, gerados principalmente por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas também pode acontecer devido a tumores e traumatismos cranianos”, diz Takada, neurologista do Hospital das Clínicas.
Já a afasia progressiva primária, que foi a versão que atingiu Bruce Willis e Angeli, está relacionada ao surgimento de enfermidades neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla.
A afasia progressiva primária, por sua vez, é classificada em três subtipos: agramática ou não fluente, logopênica e semântica.
O diagnóstico é essencialmente clínico, podendo ser complementado com testes neuropsicológicos e exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e angiografia.
O tempo de evolução dos sintomas varia. “Eu diria que na média são cerca de dez anos, mas já vi pessoas que ultrapassam os 20 anos”, conta Takada.