No Dia Internacional da Indústria, celebrado na terça-feira (25), a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) reuniu empresários e lideranças do Estado para discutir o futuro do setor.

O economista Ricardo Amorim foi o convidado especial e palestrou sobre os desafios do País e do Estado para se tornarem competitivos e a inovação como caminho para o desenvolvimento do Brasil. Durante a palestra A indústria em novos tempos, Amorim apresentou um panorama do cenário atual da economia, conforme destaca a assessoria da Findes.

“Precisamos de uma política industrial que promova mudanças estruturais e aumentem a produtividade, que é o motor para aumentar a competitividade”, afirmou o economista.

Amorim complementou ainda que isso só será possível com ações e tecnologias específicas, além da melhoria do ambiente econômico com estímulo a pesquisa e desenvolvimento. “Entre tantas mudanças, defendemos também as privatizações e reformas administrativas e tributária”, enfatizou.

O evento, em formato semipresencial, foi transmitido da sede da Findes em Vitória e contou com a presença da presidente da Federação, Cris Samorini; dos vice-presidentes da instituição, Paulo Baraona, Eduardo Dalla Mura e Luiz Almeida; do chefe de gabinete da presidência da Findes, Leonardo de Paula; do superintendente do Sebrae-ES, Pedro Rigo; e do diretor do Sebrae-ES, Luiz H. Toniato.

Também estiveram presentes o governador Renato Casagrande, o secretário de Desenvolvimento Thyago Hoffmann e dos prefeitos de Vitória, Lorenzo Pazolini, e de Linhares, Guerino Zanon, além do deputado federal Felipe Rigoni.

 

Países mais ricos são

os mais industrializados,

lembra Cris Samorini

 

Vitória – Durante discurso de abertura do encontro, a presidente da Findes Cris Samorini, lembrou que os países mais ricos e desenvolvidos são justamente os mais industrializados, “e isso não é mera coincidência”. Ainda de acordo com ela, para reverter esse cenário de desindustrialização que o Brasil vive, “o País precisa de uma política industrial contemporânea, a exemplo de países como EUA, Alemanha, Coréia do Sul e China”.

“O objetivo das políticas industriais modernas é promover mudanças estruturais que aumentem a produtividade, com ações voltadas para os segmentos industriais e tecnologias específicas, com um ambiente econômico favorável e estímulos à pesquisa e ao desenvolvimento”, ressaltou a presidente.

 

CASAGRANDE

No evento, o governador Renato Casagrande afirmou que não existe nenhum Estado soberano sem uma indústria forte. “Não tem jeito, a atividade econômica está ligada a atividade industrial. Se a atividade industrial é forte, temos a atividade comercial e de serviço fortes e um transporte mais dinâmico. Indústria forte é Estado soberano. Já indústria fraca é Estado dependente”, afirmou.

Casagrande ainda lembrou que a crise da pandemia da Covid-19 mostra o Brasil como um país que ainda não tem a soberania industrial que precisa. Isso porque quando o país ficou dependente de respiradores, seringas e insumos para a fabricação de vacinas teve que recorrer a outros países.

“Isso também mostra a necessidade do casamento que precisamos ter entre indústria e inovação. Não tem nenhuma chance de ter indústria forte sem investimento em inovação”, apontou.

 

SEBRAE

O diretor do Sebrae-ES, Luiz Toniato, lembrou da importância de comemorar o dia da indústria e como o setor é um dos maiores ativos estratégicos de um país e por isso precisa ser tocada com a responsabilidade e representatividade que tem. “Nossa homenagem à indústria não é apenas pela sua participação no PIB, pelos seus números, seus indicativos, mas sim pelo valor que ela entrega à sociedade”, enfatizou.

 

Foto do destaque: Hélio Filho-SecomES/Divulgação

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