SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta segunda-feira (12), o dólar iniciou a semana em queda em relação ao real, em um dia marcado por fraqueza da divisa norte-americana no exterior, enquanto participantes do mercado aguardavam dados de inflação dos Estados Unidos com divulgação agendada para terça (13).

Às 9h06 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,57%, a R$ 5,1170 na venda. Na B3, às 9h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,69%, a R$ 5,1455.

O Banco Central realizará neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de outubro de 2022.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O dólar comercial à vista caiu 1,15% na sexta-feira (9), em uma sessão que teve o real como a moeda mais valorizada entre as divisas de países emergentes. No decorrer da semana, a moeda americana apresentou desvalorização de 0,77% em relação à brasileira.

A valorização de matérias-primas e de ações de empresas ligadas à exportação desses produtos, sobretudo nos setores relacionadas à produção de metais, favoreceu a queda da taxa câmbio ao atrair dólares de investidores estrangeiros para o país.

Na sexta, os contratos futuros de minério de ferro nas Bolsas de Dalian e Cingapura registraram seus maiores ganhos semanais em seis semanas.

Além de dar sinais de que pretende adotar uma política monetária com foco no aquecimento da economia, a China anunciou medidas para estimular o investimento, como em novos projetos de infraestrutura.

O apoio intensificado da China a um mercado imobiliário em dificuldades deu sustentação a commodities ferrosas.

Na quarta-feira (7), dados fracos da balança comercial da China tinham provocado fortes baixas nos preços de matérias-primas e nas ações de exportadores. O principal destaque foi o recuo do petróleo a valores anteriores aos praticados antes do início da Guerra da Ucrânia.

Apesar das baixas recentes, o preço do barril de petróleo Brent, referência para o mercado, agrega 18,6% de ganho em 2022.

Indicadores do mercado de ações também refletiram na sexta-feira o otimismo de investidores com a desaceleração da inflação no Brasil e anúncios de estímulos econômicos na China, entre outros fatores no exterior que resultaram em um fechamento semanal positivo nas principais Bolsas do planeta.

Na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa subiu 2,17% na sexta. Na semana, houve ganho de 1,30%. No ano, a Bolsa sobia 7,13% até o fechamento da semana passada.

Ações de empresas do varejo, transporte e construção civil ganharam força na Bolsa nesta sexta. Esses são segmentos beneficiados pela queda da inflação e pela expectativa de que, com a desaceleração dos preços ao consumidor, os juros parem de subir.
Dados do IBGE apontaram que o IPCA (índice oficial de inflação) caiu 0,36% em agosto, acumulando alta de 8,73% em 12 meses.

O otimismo desta sexta também esteve relacionado às estimativas de analistas para uma ligeira desaceleração da inflação nos Estados Unidos. Os dados de agosto serão divulgados nesta terça (13). Pesquisa da Bloomberg indica queda de 0,01% no índice mensal de preços.

Em Nova York, no acumulado da semana passada, o índice S&P 500, que é o parâmetro para o mercado de ações americano, avançou 3,65%, após três semanas em queda.

Na Europa, o índice que acompanha as 50 principais empresas da zona do euro subiu 0,72% na mesma semana em que houve uma alta histórica de 0,75 ponto percentual na taxa de juros do Banco Central Europeu.

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