A Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade acontece neste sábado (9), logo após a data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março). A concentração será a partir das 7h30, no monumento Igreja Velha, no Centro.

A psicóloga Alini Altoé, que atua na unidade do Ifes em São Mateus, é uma das organizadoras. Ela detalha que a primeira atividade com as participantes será a produção de cartazes com palavras de ordem e de direitos vinculados ao movimento 8M –alusivo ao 8 de março– “onde a gente constrói um mote e vai destrinchando as pautas. Como somos muitas e diversas, são pautas diferentes, mas em alguns pontos a gente se unifica” – explica.

De acordo com ela, a Marcha das Mulheres será animada pelo batuque do grupo denominado Esboço de Blokin, no entanto, abre o convite a quem quiser levar instrumentos para participar do momento. “A ideia é que as bandas caminhem na frente do mini trio, onde algumas pessoas terão oportunidade de falas voltadas à temática do Dia da Mulher. O percurso será pelas ruas do Centro até a praça da rodoviária [Praça Mesquita Neto], onde faremos uma concentração. Haverá música e poesia. Quem sentir o desejo de fazer alguma intervenção artística também terá espaço” – frisa.

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Alini Altoé, psicóloga: “Mulheres mortas e agredidas não têm que ser normalizado”.
Foto: Divulgação

Segundo Alini, o grupo tem reforçado neste ano alguns lemas como: Pelo Direito de Existir e Decidir com Dignidade e Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Ela ressalta que quando o movimento traz as pessoas para as ruas com esses temas, evidencia para algo que, no entendimento dela, muitas vezes ficam no âmbito doméstico.

 

CONTRA A VIOLÊNCIA

“O feminicídio, por exemplo, está escancarado, mas que não aparece com uma problematização porque as mulheres são mortas por serem mulheres” – enfatiza.

“Quando a gente traz esses temas para as ruas, para a arte e cultura, estamos dizendo à população: ‘vamos conversar sobre isso?’ Está na hora de olharmos para essas situações com estranheza. Mulheres mortas e agredidas não têm que ser normalizado. Temos que defender a vida de todas as mulheres, de todas as pessoas” – pontua.

 

DIREITO À VIDA

Alini destaca ainda que os movimentos em prol dos direitos e da vida das mulheres não é uma luta que coloca mulheres contra homens. Ele entende que “as pautas das mulheres foram sendo desqualificadas como se fossem mulheres contra os homens, ou que elas estejam querendo ser melhores”.

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“Na verdade, queremos que a sociedade seja melhor e para isso as condições de vida das mulheres precisam melhorar. Homens morrem por vários motivos, mulheres morrem por serem mulheres. Quando a gente consegue vislumbrar que a sociedade pode ser melhor para as mulheres, começa a mudar. Por isso que é uma luta de todos e não só das mulheres” – reflete.

Foto do destaque: Divulgação

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