SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de 24 horas depois do começo dos ataques entre o grupo extremista Hamas e Israel, o número de mortos na Faixa de Gaza é de ao menos 313 e o de feridos, 1.990, informou o ministério da Saúde palestino neste domingo (8). Ao menos 20 dos mortos são crianças.

De acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades, a contagem de mortos chegou a 576, dos quais 256 em Israel e sete na Cisjordânia.

Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, lançaram aproximadamente 5.000 foguetes e entraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). Neste domingo, o conflito alastrou-se: militares israelitas relataram que morteiros foram disparados do Líbano para o norte de Israel.

O grupo armado Hezbollah assumiu a autoria dos ataques no norte do território israelense, dizendo que estava “em solidariedade” com o povo palestino. A ação teve como alvo três postos, incluindo um “local de radar” nas Fazendas Shebaa, uma fatia de terra ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindicou como sua.

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GAZA, PALESTINA, 08.10.2023: CONFLITO-ISRAEL-PALESTINA – Palestinos contabilizam os prejuízos após ataques aéreos das Forças Israelenses na cidade de Gaza, na Palestina, neste domingo (7). Uma escola das Nações Unidas usada como refúgio contra os ataques também foi atingida. Conflito entre Israel e Hamas entra no 2º dia; mais de 630 pessoas já morreram. (Foto: Hashem Zimmo/Thenews2/Folhapress)

As forças israelenses responderam com ataques de artilharia ao Líbano e uma ofensiva de drones a um posto do Hezbollah perto da fronteira. Não houve relatos de vítimas.

Um porta-voz militar israelense disse que operações estavam acontecendo em oito áreas ao redor de Gaza no domingo. A cidade amanheceu com fumaça preta, flashes de cor laranja e faíscas no céu devido às explosões. Drones israelenses podiam ser ouvidos no alto.

Depois de uma reunião noturna do gabinete de segurança de Israel, o governo anunciou na manhã deste domingo que o objetivo da sua operação retaliatória em Gaza era “conseguir a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas e da Jihad Islâmica de uma forma que impediria a sua capacidade e vontade de ameaçar e atacar os cidadãos de Israel durante muitos anos”.

“Estamos embarcando numa guerra longa e difícil que nos foi imposta por um ataque assassino do Hamas, acrescentou o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, em comunicado.

Ao lançar o ataque no sábado, o Hamas disse que a ofensiva foi motivada pelos “ataques crescentes” de Israel contra os palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém e contra os palestinos nas prisões israelenses. O comandante militar do grupo, Mohammad Deif, convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.

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Considerado terrorista pelos Estados Unidos e boa parte dos países europeus, o Hamas prega a destruição de Israel em seu estatuto. Foi criado em 1987, após o início da primeira intifada, levante palestino contra forças israelenses.

A escalada surge num contexto de violência crescente entre Israel e militantes palestinos na Cisjordânia ocupada por Israel, onde uma autoridade palestina exerce um governo limitado, à qual se opõe o Hamas.

Foto do destaque: Hashem Zimmo/Thenews2/Folhapress

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