Um dos vice-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o capixaba Marcus Vicente avalia que Nova Venécia e Real Noroeste, do norte do Estado, são exemplos a serem seguidos pelos demais clubes do futebol do Espírito Santo. E esse espelho que ele se refere é o da busca pela profissionalização da gestão.

“Precisamos profissionalizar mais o futebol capixaba e dar a ele um patamar que, por exemplo, 15 anos atrás, Santa Catarina alcançou, o Paraná alcançou, os que estados do Nordeste estão alcançando agora. Você vê o Ceará e Fortaleza despontando na Série A. Isso aconteceu de uma profissionalização de 15 anos para cá” – destaca.

Em entrevista exclusiva à Rede TC de Comunicações, Marcus Vicente afirmou que, quando fala em profissionalização, não é a de atleta, mas sim de comissão técnica, de diretoria, de diretores, do próprio presidente ser um profissional do futebol. “Que ele possa gerir o futebol como uma empresa que se mostra para o mercado e quer buscar resultados. É dessa forma que vejo o caminho para o futebol capixaba” – sustenta.

Diante deste entendimento, Marcus Vicente credita o destaque de Nova Venécia e Real Noroeste, que dominam o futebol capixaba na atualidade com boas campanhas no Campeonato Brasileiro da Série D, na Copa do Brasil e no Capixabão, por estarem “no caminho da profissionalização, da busca pela qualidade de gestão do clube, no pagamento em dia dos compromissos, na atração de patrocinadores”.

Marcus Vicente enfatiza que a ascensão de Real Noroeste já há alguns anos, e do Nova Venécia, mais recentemente, é “muito bom para o futebol do interior, muito bom para o norte do Estado”.

“É isso. Fazendo com que o clube vire profissional, e não somente o time de futebol e comissão técnica, mas a gestão como um todo” – sustenta.

 

“Competência, transparência e capacidade de gestão”

 

São Mateus – O vice da CBF Marcus Vicente destaca ainda que a iniciativa da profissionalização do Real Noroeste e Nova Venécia também é a saída para todos os clubes capixabas, incluindo os mais tradicionais.

“Pequenos clubes do interior do Brasil também já ascenderam à Série B, como Criciúma, o próprio Brusque, o Brasil de Pelotas, o Bragantino, que está na Série A. Faz parte do processo” – frisa.

O modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) seguido por Botafogo, Cruzeiro e prestes a se concretizar no Vasco é apontado por Marcus Vicente como uma opção de profissionalização. “A gente vê tanta necessidade de profissionalização que o Botafogo já se associou a uma empresa e grupos econômicos, o Cruzeiro também, o Vasco está se associando”.

E destaca que, para alcançar a profissionalização é preciso patrocínio. “Mas para atrair patrocínio precisa ter e mostrar competência, transparência, capacidade de gestão. Atrair o investidor, aquele que vai botar o nome, a sua marca comprometida com o produto. O que precisa fazer é atrair novos investidores no futebol que possam fazer da camisa do jogador, das placas do estádio, um grande instrumento para ele de venda da imagem” – complementa.

 

Foto do destaque: Wellington Prado/TC Digital

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