Fotos de Mirian Rodrigues de Almeida Rocha-Agrale/Divulgação

Mesmo com as acentuadas quedas no mercado, a unidade da Agrale em São Mateus apresentou um crescimento gradual desde que foi implantada, há quatro anos. A avaliação é do diretor executivo Rogério Vacari. Em entrevista à Rede TC, ele afirma que o Município tem oferecido boas condições em termos de infraestrutura, logística e mão de obra para a Agrale. “Iniciamos a produção no final de 2015, quando foi fabricado o primeiro produto. Nestes quatro anos de atuação já foram produzidos aproximadamente 800 produtos, entre chassis para ônibus e caminhões, utilizando 100% da mão de obra local” – enfatiza.

Segundo Rogério, atualmente são montados 30 chassis por mês em São Mateus, o equivalente a um por dia. No entanto a capacidade instalada é para montar 100 por mês. A Agrale funciona num imóvel alugado no Bairro São Benedito (Rodocon), mas tem previsão de construir a sede própria em terreno no mesmo bairro.

SEDE PRÓPRIA

Atualmente a Agrale funciona num imóvel alugado no Bairro São Benedito (Rodocon).

“O cronograma de construção sofreu algum atraso. O principal motivo é a mudança abrupta do cenário econômico desde o momento da assinatura do protocolo de intenções até os dias atuais, e que, de acordo com os economistas, é a recessão mais longa da história no País” – comentou o diretor executivo Rogério Vacari.

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“O mercado de ônibus fechou 2013 com 33 mil veículos licenciados. Já em 2017, o número de licenciamentos foi de 11,7 mil veículos. O mesmo ocorreu no mercado de caminhões, que em 2013 atingiu 154 mil veículos vendidos no mercado interno, contra 52 mil em 2017. O percentual de queda nesses mercados foi de 65% em apenas quatro anos. Nos últimos dois anos, obteve uma pequena recuperação, mas ainda muito tímida e muito distante dos números obtidos até 2014” – explica o executivo.

TRATORES

O diretor Rogério Vacari lembra que a Agrale atua também no mercado agrícola, que teve desempenho similar ao de veículos nos últimos anos. “Em 2013 o mercado absorveu 65 mil tratores, contra 38 mil em 2018, uma queda de mais de 40%. Este cenário afetou diretamente as nossas atividades neste período e, consequentemente, a capacidade de investimento da companhia” – complementa.

Chassis fabricados no Município foram todos para a Volare

Todos os 800 chassis montados pela Agrale em São Mateus foram fornecidos para a Volare, do Grupo Marcopolo, principal cliente da empresa. O diretor executivo da Agrale, Rogério Vacari, adianta que a empresa fornecerá também, em breve, os chassis na categoria Onurea e Ore 1 4×4.

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Recentemente o Grupo Marcopolo assinou contrato para fornecer ônibus para o Sistema Transcol. Rogério Vacari explica que esses veículos levam a marca Marcopolo, e não Volare, e utilizam um chassi de 17 toneladas, categoria que não é produzido na unidade de São Mateus.

“Os modelos de chassi produzidos em São Mateus que a Agrale fornece para a Volare vão de seis a dez toneladas e equipam os modelos Fly e Atack. A Agrale já forneceu mais de 65 mil chassis de micro-ônibus para a Volare em uma parceria que perdura por mais de 20 anos. E a unidade de São Mateus entregou aproximadamente 800 unidades nos últimos quatro anos” – destacou.

EMPREGOS

Rogério relata ainda que, no primeiro ano de funcionamento em São Mateus, a Agrale possuía nove profissionais. “E hoje a equipe é composta por 28 profissionais, sendo que apenas um não é de São Mateus”.

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