Durante o 2º Seminário de Negócios do Setor de Óleo e Gás realizado nesta quarta-feira (20) no Ceunes, o ceo do Grupo EnP, Márcio Félix, destacou o plano da empresa SGBM de iniciar a fase de lavra –produção– de sal-gema no Norte do Estado em três anos. A empresa é uma parceria do Grupo EnP com a Pedras do Brasil, que adquiriu áreas em leilão realizado em 2021. Márcio Félix frisa que os relatórios de pesquisa de duas áreas no território de Conceição da Barra foram protocolados em dezembro de 2023 na Agência Nacional de Mineração (ANM).

Também presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Márcio Félix foi um dos palestrantes do seminário realizado pela RedePetro ES.

Ceo do Grupo EnP e presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás, Márcio Félix foi um dos palestrantes do 2º Seminário de Negócios do Setor de Óleo e Gás realizado pela RedePetro ES.
Foto: Wellington Prado/TC Digital

Em entrevista exclusiva à Rede TC de Comunicações, Márcio Félix destacou que os relatórios de pesquisa foram protocolados na metade do tempo que era exigido. Conforme disse, o sal-gema na região é algo que vem se estudando há muito tempo e a viabilidade de produção está associada às questões econômicas, técnicas e ambientais.

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“Nossas áreas estão localizadas em regiões de pastos, planas, onde a gente encontra na superfície um terreno propício para fazer esse tipo de exploração”, reforça.

Com os relatórios protocolados, ele ressalta que a SGBM aguarda a resposta da ANM. “A gente trabalha para que a ANM possa avaliar isso aí, eventualmente nos realimentar com alguma coisa”, frisa. Além das duas áreas da SGBN, outras nove foram arrematadas em 2021, sendo três excluídas posteriormente em ação do Ministério Público Federal (MPF).

 

Trabalho para viabilizar a produção

 

Paralelo ao aguardo da avaliação da ANM sobre os relatórios das duas áreas, Márcio Félix ressalta que já foi iniciado o trabalho para viabilizar a fase seguinte, que é a de produção. “Então, para a produção, a gente precisa criar um mecanismo de conexão do mercado, onde vai esse sal, vai sair matéria-prima, vai ter algum beneficiamento, como vai ser isso com empresas, com o mercado que consome sal no Brasil, para que a gente chegue ao mercado” – reforça.

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Márcio Félix detalhou à Rede TC que as empresas exploradoras de petróleo usam sal no processo de amortecimento dos poços, sendo assim, o produto tem amplo mercado na região.

 

PRODUÇÃO

Perguntado se é possível uma produção sustentável em razão dos problemas ocorridos na produção de sal-gema em Maceió, capital de Alagoas, Márcio Félix respondeu que sim. Por exemplo, frisa que as áreas da SGBM, em Conceição da Barra, são de pastos e planas, mais propício à exploração de sal-gema.

“A questão que aconteceu lá [em Alagoas] foi uma subsidência, afundamento, que não foi devidamente preenchido como deveria ter sido. Então falhou alguma coisa” – manifestou.

 

RESERVAS

Em relação às reservas de sal-gema do Norte do Estado, ele aponta que existem outras características mais profundas que em Alagoas. “Há uma proteção natural associada aos cuidados”, avalia. Márcio Félix citou como exemplo de produção sustentável a Holanda, onde a exploração de sal-gema é feita por mais de 100 anos.

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Conforme disse, as reservas de sal-gema do Norte do Estado são riquezas para abastecer o Brasil por mais de mil anos. Márcio Félix acrescenta que o Espírito Santo está em posição geográfica favorável para abastecer todo o País.

Foto do destaque: Wellington Prado/TC Digital

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