DANÇA DAS CADEIRAS
Desde que assumiu interinamente a Prefeitura de São Mateus, Aílton Caffeu vem fazendo mudanças no secretariado e em outros cargos em comissão. A dança das cadeiras atingiu diversas pastas como Governo, Desenvolvimento, Obras, Agricultura, Cultura, Turismo, Assistência Social, Procuradoria-Geral, Controladoria-Geral, Defesa Social e o Saae. Corre pelos corredores do Centro Administrativo que outras mudanças estão por vir. Aos que permanecem, o sentimento é de que estão na semifinal de Round 6, uma série de sucesso da Netflix.
HOSPITAL DE PINHEIROS
O Hospital Municipal de Pinheiros registrou falta de médicos para atendimento à população na semana passada, gerando muitas reclamações dos usuários. Único estabelecimento do gênero no município, é um absurdo que os gestores deixem a situação chegar a esse ponto.
TARCÍSIO DE FREITAS
A bancada federal capixaba em Brasília começou a divulgar nesta semana a vinda ao Espírito Santo do Ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura. A previsão é que ele venha ao Estado no dia 28 deste mês para oficializar a duplicação de 22 quilômetros da BR-101 entre Guarapari e Anchieta, além de receber o pedido de autorização para construção da ferrovia EF-118 até o Porto Central. Está também na agenda do ministro a entrega do trecho da BR-101 que corta a cidade de Serra no contorno Mestre Álvaro.
BOLSONARO
A expectativa anterior era que o ministro Tarcísio de Freitas viria ao Estado acompanhando o presidente Jair Bolsonaro, o que ainda não se confirmou. O presidente já visitou o Espírito Santo neste ano quando esteve em São Mateus entregando casas populares.
GASTOS
O Instituto Clima e Sociedade apresentou nesta semana um estudo em que estima que o Brasil gastou R$ 17 bilhões a mais do que teria gastado caso tivesse agido de forma preventiva acionando há mais tempo térmicas a gás, mais baratas, para economizar a água das hidrelétricas. O estudo aponta ainda que no Brasil a crise energética é agravada por planejamentos que ignoram as mudanças climáticas e o novo normal –a redução de chuvas que tem se evidenciado nos últimos anos. A falta de água custa caro à União, ao setor produtivo e ao consumidor. E é neste cenário de escassez e preço alto de energia que ameaça a retomada da economia mundial que começa no dia 31 a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26).
SEGURO CONTRA A SECA
Ainda de acordo com o estudo do Instituto Clima e Sociedade, esse “seguro contra a seca” –acionamento de térmicas a gás– teria custado R$ 20 bilhões. Como não foi feito, os reservatórios chegaram ao menor nível em 90 anos, e o governo, agora, tem de gastar R$ 37 bilhões para acionar todas as térmicas, inclusive as mais caras, a diesel. Os cálculos são do engenheiro Donato Filho, diretor da Volt Robotics e professor de pós-graduação da USP em Modelagem Computacional e Sistemas Inteligentes. O estudo mostra também que a conta poderia ser ainda menor caso o governo tivesse investido antes na ampliação da geração solar e eólica, fontes renováveis que teriam evitado o esvaziamento dos reservatórios.
MERCADO DA FOME
O fotógrafo Flávio Costa, de 54 anos, do Recife, fez um ensaio que ganhou o título de Mercado da Fome. As imagens estão gerando muita comoção. As fotos produzidas por ele fazem registros críticos de bandejas de alimentos à venda com partes não nobres, como carcaça de frango assado, resto de hambúrguer, melancia mordida, pedaços de pizza, tudo com etiquetas de preços. Ele afirma que a inspiração surgiu depois que viu ossos e carcaças de peixe sendo vendidos ao invés de serem doados. Infelizmente é o retrato do Brasil, onde [algumas] pessoas se veem inconformadas com a fome que voltou a assolar milhões ilustrada com imagens chocantes de gente recolhendo restos de carne e sobras de supermercados para se alimentar.
COTIDIANO
Os cliques do fotógrafo pernambucano geraram comoção, mesmo com legendas que explicam a produção. Muitas pessoas acreditam que são retratos reais, justamente por já ser um cenário do cotidiano.
FURTO DE CARNE
Agora, alguns supermercados estão reforçando a segurança para evitar furto de carne. No entanto, algumas ações são tidas pelo Procon como discriminatórias. Por exemplo, em São Paulo uma consumidora relatou ter recebido uma bandeja vazia no açougue e foi informada que a carne só seria entregue após o pagamento. Sensores e alarmes também são adotados por redes de supermercados na tentativa de conter furtos ou o abandono de produtos antes do pagamento. Mais um retrato triste do Brasil.
