“A vacina nos traz esperança, ela veio como uma luz no fim do túnel. Pois veio num momento de sobrecarga no sistema de saúde devido ao número de casos suspeitos e confirmados”. O depoimento é da médica generalista Hyanne Bertolini da Silva Tetzner, que atua na linha de frente no enfrentamento à covid-19, na porta de entrada dos infectados de coronavírus.

A médica mateense é uma das profissionais de saúde que já receberam a primeira dose da vacina Coronavac. Ela trabalha na unidade de saúde do Bairro Santo Antônio, na policlínica municipal US3 e no Hospital Meridional, em São Mateus, além do Hospital São Marcos, em Nova Venécia.

“Tomei no dia 22 de janeiro. Estava muito ansiosa por isso e depois de ter tomado fiquei muito feliz. Queria avisar para toda a minha família e amigos” – comemora, com satisfação por ter sido vacinada. Naquele momento, a ansiedade era tanta, que até esqueceu de registrar em foto o momento histórico.

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 ALERTA IMPORTANTE

Trabalhando diariamente na porta de entrada de suspeitos com covid-19 em São Mateus e Nova Venécia, a médica Hyanne Bertolini da Silva Tetzner afirma que tem constatado uma situação que classifica como lamentável.

“Infelizmente, também vemos pessoas que simulam sintomas na consulta para conseguir afastamento do trabalho ou realização do teste pelo sistema público de saúde, o que aumenta o fluxo de atendimentos desnecessários, fora o risco de a própria pessoa acabar se contaminando” – alerta.

Profissionais exaustos

A generalista explica que quando avalia a sobrecarga no sistema de saúde neste momento de pandemia, não considera apenas a estrutura física ou falta de vagas, mas “também os profissionais de saúde que estão, na maioria, exaustos”.

Hyanne Bertolini detalha que a vacina chega no momento em que pacientes com casos suspeitos de covid-19 na Cidade lotam tanto o sistema público quanto o privado de saúde.

“E com as consultas, percebemos menos cuidado da população quanto aos riscos de transmissão, tanto no sentido de se contaminar, quanto no de contaminar alguém, principalmente nos períodos de Natal e Ano Novo. Tivemos um alto número de contágio nas duas datas comemorativas” – constata.

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Ela explica que a vacina não significa que não terá mais doentes, “mas uma esperança de que teremos menos casos graves da doença e, consequentemente, menos mortes”.

Infográfico 13.01.2021 – Coronavac/Os dados da vacina – Coronavírus – Covid-19; Pandemia – Vírus – Eficácia. (Arte Agora/Folhapress)

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