“Como advogado, se fosse um cliente meu, diria para ficar tranquilo”. A análise é do secretário de Saúde de Conceição da Barra, Tiago Magela, sobre o pedido de afastamento dos cargos dele e do prefeito Walyson José dos Santos Vasconcelos, o Mateusinho, feito pelo Ministério Público Estadual (MPES), que acusa os gestores por atos de improbidade administrativa.
Afirmando não ter irregularidade na compra de combustíveis, Tiago Magela diz que a Secretaria de Saúde fez um contrato que diminuiu o valor pago pelo combustível, de R$ 4,78 para R$ 4,33. O secretário disse ainda que não foi acionado pelo MPES para dar explicações e que o órgão solicitou esclarecimentos apenas da Prefeitura em relação às compras de materiais esportivos.
Sobre as supostas compras de materiais esportivos, Tiago afirma que o processo de aquisição é anterior à posse de Mateusinho na Prefeitura. O secretário esclareceu que o novo prefeito apenas homologou a ata de registro de preço, mas não efetuou nenhuma compra. Ainda sobre os combustíveis, o secretário afirma que, “apesar de conhecer os donos dos três estabelecimentos da Cidade”, não é amigo de nenhum deles e que foram enviadas propostas de concorrência para todos.
DECISÃO
Em decisão na Ação Civil Pública proposta pelo MPES, o juiz substituto Diego Franco de Sant’Anna, apesar de considerar que “a inicial contém indícios suficientes da existência dos atos de improbidade”, diz estar atento ao contraditório e adiou a análise dos pedidos liminares, dando prazo de 15 dias para que os envolvidos possam se manifestar. O juiz observa ainda na decisão que o prefeito, o secretário e os empresários citados podem oferecer as manifestações por escrito.
Tiago Magela afirmou que recebeu a notificação da Justiça nesta segunda-feira. “O juiz observa o contraditório, para a gente levar uma defesa e provar que não há nada irregular”, complementou o secretário.
Conceição da Barra-ES
