Outra medida anunciada pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, pretende mapear a entrara de pessoas vindas do exterior no Espírito Santo. De acordo com ele, a partir desta segunda-feira (29), a Sesa orienta a todos os viajantes vindos do exterior, independente de sintomas, realizem a coleta de material biológico para a realização do teste RT-PCR ainda no aeroporto de Vitória.

“Todas as pessoas no Estado do Espírito Santo que chegaram do exterior (qualquer país) nos últimos 14 dias estão orientadas a procurarem pontos de coletas de RT-PCR nos municípios capixabas, independente de terem ou não sintomas. Todos os resultados positivos serão sequenciados”.

A orientação acontece após o mundo ficar em alerta por conta da nova variante da covid-19, batizada de ômicron, que foi sequenciada pela primeira vez na África. Especialistas afirmam que essa nova variante possui mais de 50 mutações, sendo 32 delas na proteína spike, onde agem as vacinadas contra a covid-19.

Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde declarou que a nova variante ômicron representa um risco muito elevado para o planeta. A OMS destaca, ainda, que são muitas as incógnitas sobre essa cepa, especialmente acerca do perigo real que representa.

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“Até o momento, não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.

“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a organização.

As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte a OMS: o nível de contágio, e se este é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anti-Covid existentes; e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.

“Em função das características, podem existir futuros picos de Covid-19, que poderiam ter consequências severas”, acrescenta a OMS. Na sexta-feira (26), a organização classificou a ômicron como variante de preocupação.

A entidade pediu a países que acelerem a vacinação de grupos prioritários e que se assegurem da existência de planos para manter serviços de saúde essenciais para caso ocorra um crescimento do número de casos de Covid.

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Segundo a entidade, uma eventual alta da quantidade de infectados pode gerar forte demanda por atendimento e levar a uma maior mortalidade. O impacto se daria sobretudo entre populações mais vulneráveis e em países com baixo índice de vacinação.

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