Conselheiro do Sindicato Rural de São Mateus e funcionário do Incaper, o engenheiro agrônomo Welington Secundino destaca o trabalho de vanguarda que está sendo feito na agricultura do Município. Entre outros atores, ele cita o protagonismo do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com capacitação para mais de 15.000 famílias, e da Cooperativa de Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré (Coopbac). “A agricultura mateense é muito dinâmica”, sintetiza Secundino.

Entretanto nem tudo são flores. Ele reforça a ação em andamento, junto ao Governo Federal, para tentar retomar a política de garantia de preço mínimo e a busca de soluções para o endividamento rural, advindo principalmente da crise de hídrica de 2014 a 2017. “Muitos produtores estão sem acesso a crédito por conta de inadimplência”, frisa.

Ex-secretário municipal de Agricultura, Secundino defende uma política agrícola que equalize produção com consumo. “Tem que formar os polos de produção. Tem os estoques mundiais, passou daquilo ali, fica saturado o mercado”. Embora demonstre preocupação com os preços vigentes para café e pimenta-do-reino, ele destaca os avanços na produtividade das lavouras.

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E aponta o protagonismo de São Mateus na produção de coco anão, como o terceiro maior produtor do Espírito Santo, atrás de Linhares e Jaguaré. Entretanto pondera que a saída da Pepsico foi uma grande perda para o setor. Em 2018, a produção foi de 58.750.000 frutos, numa área de 2.350 hectares.

Secundino lembra ainda que São Mateus tem o maior plantio de limão tahiti do Estado, localizado no Rio Preto, na BR-101. De acordo com o IBGE, em 116 hectares são produzidos 3.480 toneladas da fruta, com produção média de 30.000 quilos por hectare.

 

São Mateus produz também 265 toneladas de abacaxi, numa área de 20 hectares. O mamão é cultivado em 750 hectares, com produção de 37.500 toneladas em 2018, rendimento médio de 50.000 kg por hectare. Ainda de acordo com o IBGE, a produção de banana foi de 3.750 toneladas, numa área de 150 hectares. Na fruticultura tropical, entre outras frutas, São Mateus ainda cultiva maracujá (3.000 t em 150 ha) e cacau (328 toneladas de amêndoa em 650 ha).

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Conforme o IBGE, Município que tem a agricultura mais diversificada do Estado produz também cana-de-açúcar (156.718 toneladas em 1.888 ha), borracha (1.500 t de látex coagulado, em 1.500 ha), feijão (63 t em 60ha), mandioca (4.400 toneladas em 380 ha) e milho (140 t em 70 ha).

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