GABRIEL CARNEIRO, IGOR SIQUEIRA, DANILO LAVIERI E PEDRO LOPES
SÃO PAULO, SP (UOL – FOLHAPRESS) – O litígio entre Vini Jr e Nike, prestes a ganhar contornos judiciais, gera impacto na divisão de espaço entre as marcas nos pés dos jogadores da seleção brasileira, considerando os jogadores convocados para a Copa do Mundo 2022.

Entre os 26 jogadores, a Nike é a fornecedora de material esportivo com maior presença na equipe de Tite. O placar para a empresa norte-americana é de 11 a 10 no embate com a Adidas. A Puma tem outros sete jogadores.

Foto: @vinijr / instagram

O cenário das chuteiras da seleção brasileira para a Copa 2022 está assim:
Nike (10): Vini Jr, Richarlison, Rodrygo, Danilo, Marquinhos, Casemiro, Fred, Lucas Paquetá, Alisson e Éverton Ribeiro.

Adidas (9): Dani Alves, Alex Telles, Éder Militão, Fabinho, Bruno Guimarães, Raphinha, Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Pedro

Puma (7): Neymar, Antony, Alex Sandro, Thiago Silva, Bremer, Ederson e Weverton.
Na eventualidade de perder Vini Jr, como noticiou inicialmente o site UOL, a Nike pode ver escapar das mãos um talento que tem perspectiva de presença na seleção a longo prazo, por mais que o fato de ser parceira da CBF já assegure, por si só, uma posição privilegiada nos compromissos da seleção.

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O litígio com Vini Jr está longe dos planos da Nike, já que o jogador é um exemplo relevante dos planos da empresa para o futebol: um jogador do setor de ataque, jovem, que atua em um time grande (Real Madrid) e já presente na prateleira mais alta do futebol. Vini foi oitavo na eleição de melhor do mundo na temporada passada, feita pela revista “France Football”.

Além de Vini Jr, a Nike vê em Rodrygo um perfil similar e com potencial de brilho futuro e chance de ser relevante ainda nesta Copa do Qatar.

A Nike esperava que o Vini Jr usasse na Copa o modelo mais recente da chuteira, como fizeram Fred e Paquetá, por exemplo, que têm contrato com a empresa. Mas Vini, desde a preparação em Turim, na Itália, segue calçando o modelo antigo.

Sobre essa relação, a reportagem mostrou com exclusividade que Vini sente-se desprestigiado pela companhia, enxerga tratamento injusto e entrou em rota de colisão com a Nike. Por motivos diferentes, o cenário acaba coincidindo com o que já aconteceu com Neymar, que era Nike até 2020 e virou Puma.

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No mercado, empresas concorrentes à Nike trabalham com a informação de que essa insatisfação de Vini não é de agora. Mas, por ora, nenhuma ousa se aproximar formalmente do jogador enquanto ele tiver contrato em vigor -por mais que se imagine que ele tenha alguma preferência.

Mas não deixa de ser uma oportunidade valiosa. A Puma, por exemplo, fez o movimento de fisgar Neymar a partir do colapso na relação com a Nike. Thiago Silva fez o mesmo caminho ao fim de 2021, quando o contrato com a Nike estava perto de acabar.

No meio do litígio, Vini Jr será titular do Brasil na partida desta segunda-feira (5), contra a Coreia do Sul, nas oitavas de final da Copa do Mundo. A bola rola às 16h (de Brasília).

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