No contexto da mobilização nacional contra o arrocho financeiro anunciado para universidades e institutos federais, a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) disse, nesta quarta-feira (15), que é contra o corte de 30% imposto a essas instituições. Em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a parlamentar propôs uma ação do Senado em defesa do ensino público no País e afirmou que o governo não está priorizando a área educacional. “Da educação não pode ser tirado nem um tostão sequer, [investimento] que já está em falta para o povo brasileiro”, afirmou.

Ainda em sua fala, Rose anunciou que levará a pauta ao colégio de líderes do Senado Federal, na próxima terça-feira (21), para que a Casa se reúna com os reitores das instituições. “Precisamos dialogar, sem necessidade de conflito, mas exatamente para mediar uma postura do Legislativo em relação a este momento. Postura de estar ao lado da educação incondicionalmente” – pontuou Rose, conforme mensagem enviada à Rede TC pela assessoria parlamentar.

Reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte agradeceu à iniciativa da senadora. “Senadora Rose, muito obrigado. Com essa possibilidade de não termos recursos para honrar os nossos contratos, é importante termos algumas alternativas. Gostaríamos que o Congresso brasileiro pudesse ter conhecimento dessa dificuldade e que seja nosso parceiro para encontrarmos solução” – apontou o reitor.

A Ufes já anunciou prejuízo da ordem de R$ 33,2 milhões em decorrência da medida do Executivo, além da possibilidade de ser afetada pelo corte de 150 bolsas de pesquisa. Já o reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Jadir Pela, ressalta que a porcentagem de 30% representa um desfalque de aproximadamente R$ 25 milhões no orçamento do instituto.

APOIO
A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), concordou com a proposta de Rose de reunir os reitores na Casa: “Mais do que meritória a sugestão. Vamos juntas, portanto, na próxima terça ao colégio de líderes e sair de lá, pelo menos, com um encaminhamento concreto para que o Senado dê sua parcela de contribuição”.
Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que “educação de qualidade, do ensino infantil à universidade, se faz com investimento; e não com cortes”. E o senador Flávio Arns, vice-presidente da Comissão de Educação, disse que a sociedade depende do ensino superior.

Brasília–DF

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